A BioNTech, parceira Pfizer no desenvolvimento da Comirnaty, a vacina de mRNA que tem sido amplamente usada no combate à covid-19 no mundo, quer levar seu imunizante a um público ainda mais jovem. A empresa agora busca aprovar seu uso entre crianças de 5 a 11 anos de idade, o que pode acontecer a partir da metade de outubro.
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Em entrevista ao jornal alemão Der Spiegel, Özlem Türeci, diretora médica da BioNTech, explica que deve entregar para órgãos reguladores os resultados dos estudos com essa população mais jovem para buscar a autorização de uso.
O produto é o mesmo que tem sido utilizado em adolescentes, adultos e idosos, mas com uma diferença: a dosagem. A empresa experimenta uma dose menor para crianças de menos de 12 anos.
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A pressa tem um motivo: a Alemanha, que sedia a BioNTech, se aproxima de um teto de vacinação, com 66,3% da população tendo recebido ao menos uma dose. A liberação do uso pediátrico dos imunizantes permitiria que uma parcela maior dos alemães pudesse ser imunizada. O país também se prepara para o outono e o inverno, período associado a maior transmissibilidade de doenças respiratórias, especialmente com a variante Delta.
As crianças têm se tornado uma preocupação nesta nova fase da pandemia, em que cada vez mais adultos já estão vacinados contra a covid-19. Os Estados Unidos, por exemplo, têm visto uma explosão nos casos pediátricos, já que o grupo ainda não tem imunizantes aprovados para uso no país.
Outras fabricantes de vacinas também já começam a explorar a possibilidade de imunizar crianças. Experimentos com a CoronaVac realizados na China demonstraram a segurança do imunizante em crianças a partir de 3 anos, mas a Anvisa rejeitou o uso pediátrico no Brasil alegando falta de dados. No Chile, o uso foi aprovado para crianças de 6 anos ou mais.
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Fonte: Canaltech