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Snapchat remove filtro de velocidade após suposto envolvimento em acidentes

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Snapchat remove filtro de velocidade após suposto envolvimento em acidentes - 1

Se você é usuário do Snapchat de longa data, deve se lembrar de um dos seus filtros mais populares: o de medidor de velocidade. Por anos, ele foi um dos favoritos da plataforma, contudo, a partir desta quinta-feira (17), o velocímetro virtual foi excluído do aplicativo pela própria companhia.

Desde a sua estreia, em 2013, o velocímetro foi acusado de encorajar usuários a praticar direção irresponsável e em alta velocidade. Há anos a companhia encara processos judiciais de famílias vítimas de acidentes que apontam o filtro do Snapchat como um dos culpados em potencial pelo ocorrido.

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O filtro de velocidade está no Snapchat desde 2013 (Imagem: Reprodução/NPR)

Críticos da ferramenta ficaram satisfeitos com a decisão, mas estranham ter demorado tanto tempo para acontecer. Questionado pelo site NPR sobre o motivo da exclusão, a companhia apenas respondeu que “nada é mais importante que a segurança da comunidade do Snapchat”.


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Posteriormente, um porta-voz deu um novo contexto para a decisão: o velocímetro “quase não é usado” pelos usuários, segundo a empresa, e por isso foi removido. O sumiço do filtro deve acontecer gradativamente entre os usuários e por meio de uma atualização discreta.

Acidentes envolvem o velocímetro desde sua estreia

Usuários com direção prudente podem achar o velocímetro inofensivo, porém, ele já teve participação em vários acidentes — alguns até noticiados pelo Canaltech. Este ano, mais uma vez o filtro foi parar nos tribunais pelo suposto envolvimento em um acidente ocorrido em 2017, nos Estados Unidos.

O Snapchat foi poupado da responsabilidade por um juiz em 2020, contudo a Corte de Apelações do Nono Circuito dos Estados Unidos reabriu o processo. O motorista e dois passageiros morreram no acidente.

A disputa iniciada pelos pais das vítimas acusa o filtro de velocidade de encorajar a direção irresponsável — seja por estarem acima do valor máximo da rodovia ou por utilizar o celular ao volante. No processo, a família afirma que os adolescentes acreditavam que ganhariam uma espécie de reconhecimento do Snapchat caso usassem o velocímetro enquanto corriam à 160 km/h — coisa que, segundo a companhia, nunca existiu.

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Fonte: Canaltech