A robótica tem conquistado cada vez mais espaço na ciência. E em um estudo publicado na revista Science Advances no último mês de setembro, pesquisadores anunciaram a criação de um robô capaz de escapar de labirintos apenas usando o que eles chamam de inteligência física, sem o auxílio de computador ou nenhum tipo de comando.
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Segundo a equipe de cientistas da North Carolina State University, a inteligência física refere-se à ideia de que os materiais de que os robôs são feitos, combinados com o seu design estrutural, ditam os seus comportamentos. Não há nenhum computador ou operador humano guiando a tecnologia, que se enquadra nos robôs sem cérebro.
O trabalho começou em 2022, mas nesse novo artigo, a equipe trouxe uma versão nova e aprimorada que pode navegar em cenários ainda mais complicados.
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“Em nosso trabalho anterior, demonstramos que nosso robô era capaz de girar em uma pista de obstáculos muito simples. No entanto, não conseguiu virar a menos que encontrasse um obstáculo. Em termos práticos, isso significava que o robô às vezes ficava preso, saltando para frente e para trás entre obstáculos paralelos”, explicam os pesquisadores.
Robô que usa inteligência física
A equipe usou como material um elastômero de cristal líquido. Quando exposto a uma temperatura de superfície de pelo menos 55°C, a parte do material que toca a superfície se contrai, fazendo com que o robô se movimente. Quanto mais quente a superfície, mais rápido ela avança.
O robô é metade feito de uma fita torcida que pode se esticar em linha reta, e metade uma torção mais apertada que também gira sobre si mesma. A assimetria cria uma diferença nas forças exercidas por cada extremidade do robô, de modo que ele se movimenta em linha reta. É possível ver como essa propriedade única ajuda o robô no vídeo:
O grupo esclarece, em comunicado, que o conceito por trás do nosso novo robô é bastante simples: devido ao seu design assimétrico, ele gira sem ter que entrar em contato com um objeto.
“Embora ainda mude de direção quando entra em contato com um objeto, permitindo navegar por labirintos, ele não pode ficar preso entre objetos paralelos. Em vez disso, sua capacidade de se mover em arcos permite que ele se mova livremente”, contam os pesquisadores.
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Fonte: Canaltech