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O Centro de Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas, uma parceria Embrapa-Unicamp, vem desenvolvendo pesquisa sobre como plantações de milho podem se tornar mais resistentes a secas e altas temperaturas. Para isso, os pesquisadores estão alterando geneticamente as plantas desse cereal.
Segundo Juliana Yassitepe, pesquisadora da Embrapa, o primeiro passo é identificar genes que ajudem as plantas a responderem melhor em ambiente seco e quente. Em seguida, é preciso assegurar que a planta de milho responda positivamente a esses tipos de climas quando recebem o gene selecionado.
“Sabemos que as mudanças climáticas já estão ocorrendo. Então desde 2010 e 2011, vínhamos acompanhando o que estava acontecendo. Começamos a observar que estavam ocorrendo muitas perdas na agricultura, em função de secas prolongadas, estiagens e altas temperaturas. Então nos unimos, Embrapa e Unicamp, para começar a desenvolver variedades de plantas de milho tolerantes à seca e calor”.
De acordo com Juliana Yassitepe, desenvolvido na região de Campinas, no interior de São Paulo, o projeto deve ser testado em outros ambientes.
“Nós ainda estamos nas fases intermediárias da pesquisa, e estamos com bastante expectativa no sentido de que os ensaios possam ser validados em outros locais. Não apenas aqui na região de Campinas. Então queremos expandir esses ensaios, para que realmente a gente consiga desenvolver uma planta que tolere diferentes tipos de secas em diferentes ambientes, e que possa ir um dia para os programas de melhoria e desenvolvimento de variedades”.
Os resultados preliminares ainda estão sendo analisados pelos pesquisadores da Embrapa. A expectativa é que as pesquisas ajudem na geração de novas variedades de milho, mais resistentes à seca e ao calor, garantindo melhores resultados aos agricultores.
* Com supervisão de Roberto Piza.
raissa.saraiva , .
Fonte: Agencia brasil EBC..
Fri, 14 Feb 2025 12:23:21 +0000