Na última terça-feira (25), a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta de urgência para a variante da mpox que se espalha na República Democrática do Congo. Só neste ano, cerca de 8.600 casos e 410 mortes por conta da doença foram relatados.
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“Há uma necessidade crítica de abordar o recente aumento de casos de mpox na África”, afirma Rosamund Lewis, líder técnica da OMS para mpox, em nota oficial à imprensa.
De acordo com um relato de John Claude Udahemuka, da Universidade do Ruanda (via agência Reuters), trata-se de uma versão mutante do Clado I, extremamente perigosa, com taxas de letalidade em torno de 5% em adultos e 10% em crianças.
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Por enquanto, 24 das 26 províncias do Congo foram afetadas, no que tem sido considerado como o pior surto de mpox até agora, no local.
Urgência na África
Um fator a ser considerado em meio a esse alerta é que as vacinas e os tratamentos usados para combater o surto mundial de mpox não estão disponíveis no Congo. Justamente por isso, a OMS e os cientistas clamam por esforços para resolver esta questão.
“Em Dezembro de 2022, a República Democrática do Congo declarou um surto nacional de mpox e um sistema de gestão de incidentes está em vigor desde Fevereiro de 2023, com base no número crescente de casos notificados”, diz uma publicação da OMS.
A nova variante tem se propagado principalmente através de contato sexual, mas outras formas de transmissão da mpox precisam ser estudadas.
Outro ponto que se destaca entre o que tem sido analisado pela ciência é que a doença também parece estar causando abortos espontâneos entre mulheres grávidas, bem como erupções cutâneas de longo prazo e outros sintomas persistentes.
Variantes de mpox
A OMS estabeleceu os nomes das variantes da mpox da seguinte forma: o grupo do oeste africano foi batizado como Clado I. Enquanto isso, o da região central do continente passou a ser conhecido como Clado II.
Mas também já existem subgrupos, nomeados com uma letra minúscula alfanumérica após o algarismo romano, como: Clado IIa e Clado IIb.
“Embora as cepas de mpox que circulam na República Democrática do Congo pertençam ao Clado I, e nenhum caso de mpox do Clado IIb tenha sido detectado até o momento, um aumento de casos notificados, bem como uma expansão geográfica de sua distribuição, foi observado no país desde 2022”, alerta a organização.
Segundo o alerta feito pela OMS, neste ano, as crianças continuam a representar a faixa etária mais afetada pela mpox: dos casos notificados, 39% foram notificados em crianças com menos de 5 anos. Das mortes, 62% do total atinge esse público.
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Fonte: Canaltech