No início de dezembro, cientistas do Scripps Research Institute levantaram a hipótese de que a Ômicron teria evoluído em roedores. Em um recente estudo publicado na revista científica Journal of Genetics and Genomics, uma equipe da Academia Chinesa de Ciências analisou as possibilidades a fundo. Teria a variante realmente evoluído entre os roedores, afinal?
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Antes de tudo, é preciso entender que o coronavírus entra no organismo humano através de um receptor chamado ACE2. Nos camundongos, o receptor correspondente se chama hACE2, mas mostrou uma baixa afinidade com a proteína spike do vírus, então o grupo precisou fazer algumas intervenções artificiais nos animais para prosseguir com a análise.
Os pesquisadores notaram uma diferença significativa entre as mutações da variante e os demais vírus evoluídos em pacientes humanos. Por sua vez, havia semelhança com as mutações dos camundongos. O plot twist é que a Ômicron não depende do ACE2, e ataca diretamente as células. Com isso, os cientistas concluem que a hipótese da variante ter evoluído a partir dos camundongos é realmente possível.
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Só que o estudo não conseguiu responder qual espécie de camundongo gerou essa evolução do coronavírus. Pode ter sido uma espécie selvagem, por exemplo. Outra possibilidade é que a variante tenha surgido em roedores em laboratório. Segundo o artigo, as características dos vírus podem ser facilmente desenvolvidas sob condições específicas, de acordo com as necessidades e tendências das linhas de células utilizadas.
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Fonte: Canaltech