Pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica de reconhecimento facial que permite que os usuários desbloqueiem dispositivos eletrônicos utilizando as orelhas, em vez do rosto ou de impressões digitais.
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Segundo os cientistas, a orelha é uma das poucas partes do corpo humano que permanece relativamente inalterada com o passar do tempo, permitindo que ela se torne uma alternativa viável para o desenvolvimento de sistemas de reconhecimento biométrico no futuro.
“As orelhas são únicas para um indivíduo da mesma forma que uma impressão digital. Mesmo as orelhas de gêmeos idênticos têm diferenças significativas. Outra vantagem é que as orelhas não envelhecem da mesma forma que o rosto de um indivíduo, com exceção do lóbulo que diminui com o passar dos anos”, explica o professor Thirimachos Bourlai, autor principal do estudo.
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Reconhecimento da orelha
O software usado para identificar a orelha funciona de forma semelhante aos sistemas de reconhecimento facial. O usuário precisa registrar a orelha da primeira vez para que o sensor obtenha uma imagem completa dele, contendo todos os ângulos e posições possíveis.
Se o sistema for usado para desbloquear um telefone, por exemplo, o dispositivo vai salvar várias amostras da orelha do usuário temporariamente para que elas sejam comparadas com a imagem do ouvido ao vivo, permitindo que o aparelho seja liberado para uso como acontece com o Face ID a Apple.
“Assim como você tem que usar uma impressão digital ao vivo para desbloquear seu telefone e compará-la com uma imagem registrada, você teria que usar apenas sua orelha para liberar o smartphone em tempo real, sem utilizar as mãos ou qualquer outra parte do corpo”, acrescenta Bourlai.
Orelhas precisas
O software desenvolvido pelos cientistas utiliza um algoritmo de reconhecimento de orelha para avaliar as varreduras e determinar se elas correspondem à imagem original. Durante os testes realizados em laboratório, o novo sistema apresentou uma precisão de quase 98%.
Para garantir que o sistema funcione mesmo com imagens pouco nítidas ou imprecisas, os pesquisadores utilizaram vários modelos diferentes de fotografias de ouvidos afetadas por fatores externos, como ruídos, variações de desfoque, brilho, gama e contraste.
“No futuro, esse software de reconhecimento auditivo pode ser usado para aprimorar os sistemas de segurança já existentes, como aqueles utilizados em aeroportos ao redor do mundo. Queremos aprimorar o algoritmo para que ele funcione com dispositivos térmicos e ambientes escuros, onde a captura de imagens é mais difícil”, encerra o professor Thirimachos Bourlai.
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Fonte: Canaltech