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Crítica Daisy Jones & The Six | Primeiros episódios atiçam a vontade de ver mais

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Crítica Daisy Jones & The Six | Primeiros episódios atiçam a vontade de ver mais - 1

Depois de fazer sucesso com os leitores e se tornar um dos livros mais vendidos da atualidade, Daisy Jones & The Six, da aclamada Taylor Jenkins Reid, finalmente ganhou uma adaptação para o streaming. A trama, que chegou ao Prime Video em forma de série, cujos episódios serão lançados em blocos e semanalmente, mostrou a que veio.

Os primeiros três capítulos estrearam no dia 3 de março e confirmaram que a produção tem potencial para conquistar os fãs do livro e até mesmo aqueles que nunca leram uma obra da autora. Com duração média de 50 minutos cada, os episódios introdutórios apresentam os integrantes da banda e contam um pouco mais da vida de cada um deles.

Embora tal introdução não seja tão marcada no livro, ela é um acerto do roteiro da série, uma vez que contextualiza os protagonistas especialmente para quem não está familiarizado com a trama.


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Outro acerto é o ritmo de cada episódio. Sem se alongar demais e nem “encher linguiça”, eles têm a duração necessária para dar à história o espaço que ela precisa para se desenvolver. Isso é mérito também da própria autora, que participou ativamente da produção da série.

Na primeira parte do enredo conhecemos Billy (Sam Claflin) e seu irmão Graham (Will Harrison), que juntos à Eddie (Josh Whitehouse) e outros músicos formam a The Dunne Brothers, uma banda amadora de rock que toca em festas para ganhar algum dinheiro.

Um dia, após um o baixista Pete desistir da carreira artística para focar na odontologia, o grupo junta suas coisas e parte rumo à Califórnia para tentar a sorte nos palcos do estado.

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A banda vai para outro estado tentar a sorte. (Imagem:Reprodução/Amazon Studio)

The Six com cinco integrantes?

Vale ressaltar que, na série, o grupo é formado apenas por cinco músicos, e o nome é justificado pela presença constante de Camila, a jovem namorada de Billy que é uma das maiores incentivadoras do grupo e que parte com a trupe rumo à Califórnia.

Na produção, ela assume o papel de fotógrafa da banda e é peça fundamental para manter uma certa ordem em meio ao caos em que os músicos vivem. Interpretada por Camila Morrone, a personagem é mais um acerto de Daisy Jones & The Six e agrada especialmente nas cenas em que confronta Billy.

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Camila apesar de não ser da banda é uma das personagens principais da série. (Imagem:Reprodução/Amazon Studio)

Por falar em personagens, a série acertou também na escalação do elenco. Sam Claflin, que já tinha aparecido em romances como Simplesmente Acontece e Como Eu Era Antes de Você, agrada como o músico rebelde e mandão que tenta dominar todos à sua volta.

Suki Waterhouse, que vive Karen Sirko, uma das integrantes da banda, embora tenha tido pouco tempo de tela, mostrou uma atuação cheia de personalidade e, ao que tudo indica, promete agradar nas próximas cenas.

Mas o destaque fica mesmo com Simone, vivida por Nabiyah Be. Carismática, bonita, gentil e um tanto quanto cômica, ela é uma figura importante na vida de Daisy. Ainda pouco explorada, a personagem fica orbitando em volta da protagonista ruiva, mas espera-se que ela ganhe mais relevância nos episódios que vem à seguir.

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Simone é uma das personagens mais carismáticas da trama.(Imagem:Reprodução/Amazon Studio)

Daisy, por sua vez, é a grande estrela da série, mas apareceu apenas de forma embrionária. Vivida por Riley Keough — a neta de Elvis Presley —, ela é apresentada como uma menina negligenciada pelos pais e dona de um talento nato. Sua relação com as drogas ainda não foi explorada a fundo, e Keough dá à personagem um certo tom blasé que pode incomodar à princípio.

De volta aos anos 1970

Daisy Jones & The Six é ambientada na década de 1970 e podemos dizer que o figurino, a caracterização e os cenários nos levam diretamente à década. O mérito é de Denise Wingate, figurinista da atração que acertou em cheio em abusar de roupas com franjas, estampas boho e calças boca de sino para transformar os atores em cantores da época.

Além dos figurinos, a trilha sonora — parte fundamental da trama — agrada bastante. Embora as músicas não sejam cantadas até o final, devem ser um deleite para aqueles que gostaram do livro.

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Com figurinos dos anos 70, a série nos leva de volta à década. (Imagem:Reprodução/Amazon Studio)

Será que eu já vi essa história em algum lugar?

Talvez, ao assistir à série, o público fique com a sensação de já ter visto algo parecido nas telas, mas, ao contrário do que se possa imaginar, tal fato se firma mais como um acerto do que como um erro. Isso porque a produção foi tão fiel às bandas de rock dos anos 1970 que parece que estamos vendo a performance de algum cantor querido que está em nossa memória.

A maneira como Billy se apoia no microfone para cantar e os trejeitos que demonstra no palco lembram muito Daniel de Oliveira interpretando Cazuza, no filme O Tempo Não Pára, de 2004. Já o cabelo ruivo de franja e o estilo retrô de Daisy nos levam imediatamente à Rita Lee com uma pitada de Janis Joplin.

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O jeito de Billy lembra Cazuza em O Tempo Não Para. (Imagem:Reprodução/Amazon Studio)

Sendo assim, Daisy Jones & The Six mostra como se faz uma adaptação, acertando o tom nos primeiros episódios e aguçando a vontade do espectador de ver mais e mais. Mas é preciso esperar: os novos capítulos serão lançados nas próximas sextas-feiras do mês, até o dia 24 de março, exclusivamente no Prime Video.

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Fonte: Canaltech