A imunidade contra a COVID-19, ao contrário do que se pensava, pode durar um período mais longo. As informações foram obtidas em um estudo realizado na Islândia por pesquisadores do DeCode Genetics com milhares de pacientes.
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A pesquisa analisou pessoas que se recuperaram das infecções, que foram colocadas em quarentena após exposição viral e que tiveram exposição desconhecida ao vírus. Então, foi avaliada a prevalência de anticorpos em todo o país, examinando um subconjunto de participantes para conferir as mudanças nos níveis de anticorpos, meses após a infecção.
Os resultados do estudo mostraram que mais de 90% das pessoas diagnosticadas com COVID-19 eram soropositivas, ou seja, quando há a presença de anticorpos no sangue, 25 dias após o diagnóstico. Inclusive, a quantidade de anticorpos desses pacientes aumentou dois meses após a descoberta da doença, estabilizando-se nos dois meses seguintes de andamento do estudo.
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Ainda de acordo com os pesquisadores, o estudo mostrou também que os pacientes que haviam sido hospitalizados eram os mais prováveis a adquirir anticorpos mais rápido após o diagnóstico do que aqueles que tiveram os sintomas mais leves.
A pesquisa vai na contramão de outros estudos que relataram um declínio na quantidade de anticorpos com o passar do tempo, o que segundo os pesquisadores é contraditório. Para os autores do estudo, os resultados trazem esperança de que a imunidade contra o SARS-CoV-2 não seja passageira.
Na Islândia, o primeiro caso de COVID-19 foi detectado no fim do mês de fevereiro de 2020, com a epidemia praticamente controlada já no final de abril. Ao todo, somente 0,9% da população do país foi infectada, o que a deixa vulnerável para uma segunda onda de infecção.
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Fonte: Canaltech