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Governo dos EUA promove investigação de extremistas e terrorismo nas comunidades gamers

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O governo federal dos EUA concedeu uma doação de US$ 699.763 (R$ 3.783.618,54 na cotação de hoje, 26 de setembro) para investigar a radicalização nas comunidades de jogos. Várias entidades investigativas, de pesquisadores de terrorismo a organizações sem fins lucrativos, devem abordar a questão da disseminação do extremismo em videogames e comunidades de gamers.

O financiamento vem do Departamento de Segurança Interna e faz parte do Programa de Subsídios de Prevenção à Violência e Terrorismo. O TVTP Grant Program concede cerca de US$ 20 milhões a autoridades locais e estaduais, bem como a organizações sem fins lucrativos e instituições de ensino superior para estabelecer ou aprimorar recursos para prevenir a violência e o terrorismo direcionados.

O financiamento vai para o Centro de Terrorismo, Extremismo e Contraterrorismo de Middlebury, um centro de pesquisa baseado no Middlebury College em Vermont; Take This, sem fins lucrativos, que apoia as comunidades de jogos e a indústria de jogos; e Logically, uma empresa que usa inteligência artificial e especialistas para reduzir conteúdo nocivo e manipulador online.

Embora muitas comunidades de videogame sejam incríveis, a doação visa garantir que todas elas se tornem melhores, aumentando a conscientização da sociedade, aumentando a alfabetização midiática e o pensamento crítico, além de melhorar o engajamento cívico. Sempre que as comunidades gamers são alvo de ideias extremistas ou mesmo terroristas, elas afetam algumas das pessoas mais vulneráveis nessas comunidades.

As pessoas são conhecidas por sentir raiva em relação aos jogos, o que provavelmente as torna mais propensas a influências extremistas. Adolescentes e jovens adultos estão criando relacionamentos significativos online, e um mau ator pode tirar proveito dessa dinâmica. De acordo com o resumo do DHS, as comunidades têm sido alvos de até mesmo mobilização e treinamento terrorista.

Embora os jogadores sejam frequentemente alvos de extremistas, os desenvolvedores de jogos também não recebem um passe. O resumo do DHS diz que os desenvolvedores falharam em resolver os problemas nas próprias comunidades que eles promovem. O DHS acredita que a falta de conscientização no combate à radicalização resultou em menos segurança.

Middlebury CTEC, Take This e Logically vão desenvolver uma estrutura que ajudará desenvolvedores e comunidades a entender o fenômeno e, finalmente, tomar medidas preventivas. Os pesquisadores fornecerão recursos centralizados e melhores práticas, além de fornecer treinamento para gerentes de comunidade, designers de jogos e profissionais de segurança em workshops sobre como monitorar, detectar e impedir que extremistas abusem das comunidades.

A interseção de videogames e atividades que promovem o extremismo ou divulgam propaganda não está sendo pesquisada o suficiente, e as pessoas que estão intimamente familiarizadas com comunidades e fóruns percebem que ideias perigosas se espalham por esses canais.

Embora as comunidades de jogos sejam frequentemente vinculadas à Internet, ideias e ideologias extremistas se espalham dos jogos para o mundo real. A iniciativa é um passo importante para proteger algumas das pessoas mais vulneráveis do treinamento e propaganda extremistas.

Vale destacar que esta realidade pode parecer longíqua para os jogadores brasileiros, mas não é. As comunidades gamers são universais e é mais do que comum uma pessoa conversar com outro jogador do outro lado do mundo. O regionalismo no universo gamer é inexistente, ficando apenas para as competições as bandeiras de seus países.

Portanto, é bom ficar bem atento aos perigos na internet.

Via: Game Rant/Department of Homeland Security

Fonte: Observatório de Games