O que já estava na mente de todos se tornou realidade: a E3 acabou. A Associação de Software de Entretenimento (ESA, na sigla em inglês) anunciou o fim oficial do evento, afirmando que a Electronic Entertainment Expo não vai mais acontecer e agradeceu a indústria e o público por mais de 20 anos de história. Com isso, chegamos ao fim de uma era na história dos videogames.
A organização vinha tentando recuperar o prestígio do evento, que diminuiu consideravelmente nos últimos dez anos, mas optou por acabar de vez com ele. Em entrevista ao Washington Post, a ESA comentou sobre as mais de duas décadas que a E3 foi a principal plataforma de anúncios para a indústria de videogames nos EUA e, eventualmente, para o resto do mundo.
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–— E3 (@E3) December 12, 2023
“Nós sabemos que toda a indústria, jogadores e criadores sempre tiveram muita paixão pela E3. Nós compartilhamos essa paixão. Sabemos que é difícil dizer adeus a um evento tão querido, mas é a coisa certa a se fazer, frente às novas oportunidades que a nossa indústria tem para alcançar fãs e parceiros, disse Stanley Pierr-Louis, presidente da ESA.
Mais de duas décadas de história da indústria dos games
A E3 acontecia anualmente, sempre no mês de junho, desde 1995. O evento se tornou um dos mais importantes no calendário de jogadores de todo o mundo, já que era durante suas conferências que empresas revelam os próximos grandes jogos e hardware que chegariam ao mercado nos próximos anos. O PlayStation 4 foi apresentado durante a feira, por exemplo, que ainda teve centenas de outras franquias sendo reveladas em seus palcos ao longo desses 20 anos.
Aos poucos, esse prestígio foi diminuindo quando empresas começaram a notar a possibilidade de não estar presente no evento, mas ainda alcançar milhões de pessoas através de suas apresentações próprias. O primeiro sinal disso surgiu em 2011, quando a Nintendo criou o Nintendo Direct como uma forma de fugir do grande caos que era a semana da E3.
Outras empresas, como a Sony, deixaram as suas tradicionais conferências na feira para fazer apresentações próprias, muitas vezes na mesma época que acontecia o evento. Geoff Keighley, jornalista que anteriormente trabalhou ajudando a ESA na E3, deixou a organização e passou a fazer seu própria cerimônia de anúncios de games, criando algo semelhante com o Summer Game Fest e o The Game Awards, onde desenvolvedores poderiam apresentar seus projetos tranquilamente.
Em 2019, a E3 abriu suas portas para o público, algo impensável anos antes, já que era uma feira apenas para profissionais da indústria e imprensa. Mesmo assim, isso não foi suficiente para revitalizar a imagem da Electronic Entertainment Expo. Os anos de pandemia também não ajudaram, principalmente quando cada vez mais empresas viram que não era tão complicado fazer seus próprios anúncios online.
Após o cancelamento da edição de 2023, todos já esperavam o anúncio sobre o fim da E3, mas mesmo chegando, não deixa de ser triste ver uma parte da história dos games acabar de um jeito tão melancólico como é o caso da feira.
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Fonte: Canaltech