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10 jogos que revolucionaram os gráficos

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A gente sabe que a experiência em um videogame passa por vários elementos, da jogabilidade aos controles, mas é nos gráficos que está aquele cartão de visita que chama a atenção de todo mundo para um jogo. Não por acaso, são aqueles títulos que trazem grandes revoluções visuais que mais marcam cada uma das gerações e os próprios jogadores.

É aquele jogo que quebra todos os paradigmas em termos gráficos e mostra um novo caminho para a indústria e que te faz pensar e encarar os games de outra forma. Você certamente já deve ter passado por algo assim em algum momento, em maior ou menor medida.

Quem viveu a transição dos games em 16-bits para o universo 3D lembra bem do choque que foi encarar personagens e mundos sob novas perspectivas. No entanto, até mesmo os consoles mais modernos trazem títulos que te fazem sentir que a nova geração chegou de verdade.


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Conheça 10 games que revolucionaram os gráficos e mostraram ao gamer que o futuro já começou.

10. Mortal Kombat

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No começo dos anos 1990, Mortal Kombat era quase como um filme interativo (Imagem: Reprodução/Midway Games)

O lançamento de Mortal Kombat nos fliperamas foi um choque para todo mundo que viveu esse momento. Não só pela violência excessiva que ia contra toda a ideia de que videogame era coisa para criança, mas principalmente por causa do visual realista que o game oferecia.

Embora a gente veja hoje o game como um apanhado quase disforme de pixels, em 1992 ele era quase um filme que a gente controlava e colocava os atores para cair na porrada. Tudo isso graças à tecnologia que a Midway usou na época para capturar os movimentos e também a aparência de lutadores para colocar em seus personagens.

Tudo isso deu a Mortal Kombat esse aspecto muito mais maduro e brutal, algo que era inédito no início dos anos 1990 e que deixava os Fatalities e os banhos de sangue muito mais chocantes.

9. Wolfenstein 3D

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Wolfenstein deu um volume inédito aos games (Imagem: Reprodução/Bethesda)

Wolfenstein 3D é um marco até hoje por ser um dos games que praticamente criou o gênero de tiro em primeira pessoa. E tudo isso graças a uma solução artística que abriu novas possibilidades de desenvolvimento para a iD Software.

O game é o terceiro título da franquia, mas representa um salto gigantesco em relação a tudo o que veio antes. Isso porque John Carmack e John Romero criaram uma tecnologia que permitia o desenvolvimento de ambientes tridimensionais — algo até então inédito — a partir de uma mudança de perspectiva.

Ao invés de mostrar todo o cenário de uma vez, como Wolfenstein vinha fazendo até então, eles adotaram um olhar em primeira pessoa, como se o jogador estivesse realmente andando pelo cenário. Com isso, o motor gráfico processava apenas aquilo para onde o personagem estava olhando, otimizando recursos e permitindo que o mundo do jogo ganhasse volume e formas que eram impensáveis na época.

8. Donkey Kong Country

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Donkey Kong Country estreou uma tecnologia de compressão que permitia emular o efeito 3D no SNES (Imagem: Reprodução/Nintendo)

Ainda na geração do Super Nintendo, alguns estúdios já faziam experimentações para deixar de lado o visual em pixels comum na era 16-bits para já brincar no mundo do 3D. E Donkey Kong Country foi um game que pegou muita gente de surpresa por ser um salto enorme em relação àquilo que o console tinha mostrado até então.

Ele é um dos primeiros jogos a trabalhar com gráficos pré-renderizados. Para isso, a Rare desenvolveu uma técnica de compressão que transformava esses modelos tridimensionais em sprites que poderiam ser usados no SNES sem grande perda de qualidade. E o resultado foi um mundo muito mais rico e detalhado do que qualquer outro jogo da época tinha apresentado até então — e que segue charmoso até hoje.

7. Final Fantasy VII

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Apesar de parecerem bonequinhos de biscuit, Final Fantasy VII foi o primeiro grande jogo 3D do PlayStation (Imagem: Reprodução/Square Enix)

O lançamento do Playstation é um divisor de águas para a indústria. Foi a partir do console da Sony que o mundo tridimensional se tornou uma realidade e isso mexeu demais nas bases de todos os jogos. E foi com Final Fantasy VII que essa mudança de paradigma causou o impacto que fez todo mundo se sentir no futuro.

Naquela época, Final Fantasy já era uma série bem consolidada, mas ainda ligada àquele visual em pixel art que as gerações anteriores permitiam. Foi com a chegada do sétimo título da franquia que a coisa mudou de figura, trazendo um universo gigantesco, inteiramente 3D e com animações muito mais avançadas que nos permitiam ver e entender as expressões e as personalidades de cada herói.

Olhando em retrospecto, FF VII chega a ser quase infantil — um monte de bonequinho de massinha disforme. Contudo, ele foi um dos grandes responsáveis por mostrar o que aquela geração seria capaz de fazer. Tanto que não demorou muito para que a própria Squaresoft desse um novo salto absurdo com Final Fantasy VIII.

6. Metal Gear Solid

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Metal Gear Solid deu um ar cinematográfico para os games (Imagem: Reprodução/Konami)

Ainda no PlayStation, Metal Gear Solid foi outro jogo que revolucionou os gráficos ao mostrar o quanto esse novo patamar visual poderia aproximar os jogos do cinema. Tanto que a aventura de Solid Snake é praticamente um filme, explorando diferentes ângulos de câmera e apostando em atuações dignas de filme para cada um dos personagens.

Essa paixão do diretor Hideo Kojima pela Sétima Arte nunca foi segredo para ninguém, mas a sua investida nisso em 1998 no primeiro MGS abriu as portas para que outros estúdios apostassem em abordagem semelhante em seus jogos.

Mais do que isso, Metal Gear Solid é um dos raros casos de jogos do PlayStation em que o visual envelheceu muito bem. Ainda que tudo pareça muito quadrado, é algo que tem seu charme e segue funcionando até hoje.

5. The Legend of Zelda: Ocarina of Time

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Ocarina of Time é considerado um dos melhores jogos de todos os tempos até hoje (Imagem: Reprodução/Nintendo)

Do lado da Nintendo, a chegada do Nintendo 64 também mexeu demais com as estruturas da indústria. De um lado, Super Mario 64 mostrou como era possível fazer jogos de plataforma em 3D. Do outro, The Legend of Time Ocarina of Time mostrava como esse universo tridimensional abria novos caminhos tanto para o level design quanto para a jogabilidade e a narrativa.

O salto que o game traz é tão grande que Ocarina of Time segue sendo tratado como um dos melhores jogos de todos os tempos até hoje — e com razão. A franquia também vinha do mundo 16-bits do SNES e é totalmente reformulada com a chegada do N64. E as soluções criativas usadas para combinar todas as novidades têm reflexo até hoje.

Nos aspectos visuais, a entrada de The Legend of Zelda no mundo do 3DS foi um choque. Era um mundo aberto ricamente detalhado no qual o jogador podia viajar livremente e ainda interagir com diversos objetos. E tudo isso é construído ainda com um cuidado artístico tão grande que nem mesmo o tempo conseguiu estragar. Um clássico é um clássico.

4. Final Fantasy X

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Final Fantasy X levou os gráficos a um novo patamar na geração PS2 (Imagem: Reprodução/Square Enix)

Embora a gente não quisesse repetir uma franquia nessa lista, não dá para ignorar o peso da Squaresoft quando o assunto é revolução gráfica. Desde a sua estreia no PlayStation, o estúdio passou a investir pesado em games cada vez mais bonitos e com cenas de encher os olhos. E a sua estreia no PlayStation 2 levou isso a um novo patamar.

Até então, Final Fantasy tinha cutscenes muito lindas que pareciam filmes, mas você ainda sentia a limitação na parte jogável. Só que, com a chegada de Final Fantasy X, isso se espalhou para o jogo todo. Os personagens finalmente ganharam voz e o game se transformou em um belíssimo filme, com mundos muito coloridos e criativos e tudo muito detalhado.

Adicione a isso a temática, em que o protagonista é levado para um outro mundo que é quase um grande sonho, e você vai ter um dos títulos mais bonitos daquela geração.

3. Grand Theft Auto III

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GTA 3 mostrou como os jogos de mundo aberto poderiam ser (Imagem: Reprodução/Rockstar)

A Rockstar e a franquia GTA não são sinônimo de sucesso por acaso. No entanto, é a partir de Grand Theft Auto que o fenômeno ganha forma de vez, até porque foi a partir desse capítulo que a série virou símbolo de revolução gráfica.

Os dois primeiros jogos da franquia tinham uma visão isométrica, o que deixava toda a experiência bem distante. Contudo, quando o primeiro título chegou ao PlayStation 2, em 2001, a produtora revolucionou o mercado ao apresentar uma cidade inteira em mundo aberto na qual o jogador poderia explorar à vontade e tocar o terror que quisesse.

Para a época, isso era um enorme marco. Com Grand Theft Auto III, a Rockstar mostrou que era possível criar jogos muito detalhados e amplos, sem a necessidade de setorizar o cenário para forçar telas de carregamento. Tudo estava à disposição do jogador sempre que ele quisesse e de forma até bem realista, o que só aumentava a imersão naquele mundo.

2. Crysis

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E aí, seu computador roda Crysis? (Imagem: Reprodução/Crytek)

“Roda Crysis?”. Essa era a pergunta que todo mundo fazia quando queria saber se um computador era potente de verdade em 2007. Isso tudo porque o jogo da Crytek deu um novo salto de qualidade em games de mundo aberto. Com visuais muito realistas, ricos em detalhes e texturas e absurdamente vastos para a época, ele era tudo aquilo que a gente sonhava em ver.

Por isso mesmo o título se tornou um marco e passou a ser tratado como parâmetro dentro da indústria, um novo nível a ser alcançado pela concorrência. Mais do que isso, ele se tornou também esse benchmark para as pessoas saberem o quão potente era um computador, já que as configurações necessárias para rodá-lo eram altíssimas.

1. L.A. Noire

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L.A. Noire focou muito nas expressões faciais (Imagem: Reprodução/Rockstar)

Vamos combinar que L.A. Noire está longe de ser o jogo mais bonito de sua geração. Só que o game da Team Bondi lançado para PlayStation 3, Xbox 360 e PC em 2011 chamou a atenção por introduzir uma tecnologia até então inédita: a captura facial de atores para levar o máximo de fidelidade em suas expressões para os personagens.

A ideia era levar para dentro da mecânica do jogo as nuances de um interrogatório policial, focando principalmente em microexpressões, como piscadelas, o movimento dos olhos e até pequenos cacoetes que poderiam indicar se uma pessoa estava mentindo ou não.

E mesmo que o resultado final não tivesse sido tão perfeito quanto se esperava, ainda era algo bastante revolucionário para a época e que ajudou a transformar a indústria a partir dali. Tanto que, já naquela geração, vimos outros jogos apostarem muito mais nesses pequenos detalhes que deram muito mais profundidade à interpretação dos atores e em como isso é passado para o jogador.

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Fonte: Canaltech