O vulcão Kilauea, localizado no Parque Nacional de Vulcões do Havaí, entrou em erupção em 29 de setembro deste ano, após um breve período de calmaria. Mais uma vez, os satélites de observação da Terra da Maxar Technologies registraram imagens noturnas impressionantes da atividade vulcânica. Embora o fluxo de lava permaneça contínuo, as autoridades locais informaram não haver nenhum risco imediato, exceto os gases liberados pelo vulcão que são nocivos à saúde humana, mas que seguem sob constante monitoramento.
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As imagens foram registradas pelos satélites WorldView-3 e WorldView-2, localizados a mais de 600 km de altitude, respectivamente, nos dias 30 de setembro e 1º de outubro. Uma delas apresenta um formato curiosamente semelhante ao cérebro humano, se visto de lado. O fluxo de lava do Kilauea permanece contínuo, mas concentrado em duas aberturas: uma ao longo do solo e outra na lateral oeste do vulcão.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que tem apresentado diariamente atualizações sobre as atividades vulcânicas da região, informou que toda a dinâmica de erupção acontece na cratera Halema’uma’u. “A sismicidade e as taxas de emissão de gás vulcânico permanecem elevadas”, acrescentou a USGS. Desde o dia 29 de setembro, a instituição também acompanha os níveis de gás vulcânico.
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A fumaça vulcânica forma uma névoa visível, conhecida como “vog”, sendo constituída de vapor de água, dióxido de carbono e dióxido de enxofre. Tais elementos são nocivos à saúde humana, bem como à de animais e plantações próximas. Este vapor também pode carregar pequenos fragmentos de vidro vulcânico, que causam irritação na pele e nos olhos. Dependendo dos ventos, eles podem ser transportados para bem longe.
O vulcão Kilauea é do tipo escudo, o que significa que suas bordas são suaves e, por ser ativo, ele entra em atividade vulcânica periodicamente. No entanto, antes da recente erupção, ele se manteve quieto ao longo de um ano. Apesar do intenso fluxo de lava, as autoridades locais informaram que não houve nenhuma ameaça urgente para as comunidades próximas.
O satélite WorldView-2 opera na órbita baixa da Terra desde 2019, a cerca de 772 km de altitude, quanto o WorldView-3, lançado em 2014, está localizado a mais de 617 km de distância da superfície terrestre. Eles estão bem mais distantes do que a Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita o planeta a uma altitude média de 400 km. Os dois satélites possuem órbitas sincronizadas com o Sol, permitindo que eles sobrevoem um mesmo local duas vezes ao dia.
Os satélites WorldView captam imagens em bandas pancromáticas e multiespectrais; ou seja, elas reproduzem de maneira realista as cores que os olhos humanos enxergariam. O WorldView-3 também tem capacidade de realizar observações terrestres através do infravermelho de ondas curtas — o que permite, por exemplo, a visualização da lava do vulcão por entras as nuvens lançadas por ele.
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Fonte: Canaltech