Atualmente, vários países estão investindo não apenas em vacinas, como também medicamentos que possam atuar contra a COVID-19. E assim, na última segunda-feira (3), a Rússia anunciou contrato com países latino-amerianos para exportar o Avifavir, antiviral aprovado pelo governo russo para tratar a doença que tem preocupado tanto a população em meio a essa pandemia.
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Kromis, um empreendimento conjunto com o Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF, na sigla em inglês) e o grupo KhimRar, decidiram fornecer Avifavir para o tratamento da COVID-19 a sete países da América Latina (Argentina, Bolívia, Equador, El Salvador, Honduras, Paraguai e Uruguai) e também para a África do Sul, e esse anúncio foi feito por meio de um comunicado conjunto das organizações.
Haverá o fornecimento mínimo de 150 mil unidades desse medicamento para através da Sigma Corp S.R.L, uma intermediária boliviana. Vale lembrar, ainda, que a Bolívia receberá a tecnologia necessária para a produção do medicamento final. De acordo com Kirill Dmitriev, diretor-geral do RDIF, os “parceiros” receberão a tecnologia para cortar os “custos logísticos e os termos de implementação do medicamento no tratamento de pacientes com coronavírus”.
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O antiviral Avifavir foi aprovado pelo Ministério da Saúde da Rússia para combater a COVID-19, sendo o primeiro com a substância Favipiravir no mundo, e já foi exportado a muitas regiões da Federação da Rússia, bem como a Bielorrússia e Cazaquistão.
Quanto à África do Sul, será a 3Sixty Biopharmaceuticals a fazer a distribuição nesse país. Sobre isso, o diretor do Kromis diz que se trata de um “período difícil de exacerbação da crise do coronavírus” na África do Sul. “Esperamos que com sua ajuda [do Avifavir] nossos parceiros na África do Sul possam deter a propagação do coronavírus e salvar muitas vidas”, aponta o diretor-geral da Kromis, Andrei Blinov.
O tratamento a partir do Avifavir é baseado em uma versão similar ao do medicamento Avigan, da Fujifilm Holdings, que o governo do Japão estuda autorizar para o tratamento da COVID-19. Ambos têm como base o Favipiravir, que é usado contra diferentes tipos de vírus de RNA. Os ensaios clínicos mostraram que o Avifavir ajudou a reduzir o número de dias em que uma pessoa está infectada pelo coronavírus e, consequentemente, os longos períodos de internação, e os testes também apontam que o medicamento é eficiente para reduzir o período de febre alta.
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Fonte: Canaltech