É possível que o cometa Tsuchinchan-ATLAS (C/2023 A3) tenha se desintegrado. A descoberta foi feita por Zdenek Sekanina, astrônomo especialista em cometas. Em um novo artigo, ele descreve evidências de um possível rompimento do objeto que teria ocorrido antes de se aproximar do Sol.
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- Cometa que vai passar perto da Terra pode brilhar tanto quanto Vênus
Mais conhecido como C/2023 A3, o objeto foi observado primeiro no ano passado por astrônomos do Observatório da Montanha Púrpura, na China; depois, ele foi perdido, mas astrônomos na África do Sul o viram outra vez.
A trajetória e o tamanho do cometa pareciam indicar que ele poderia ser visível em outubro e teria brilho comparável ao de Vênus, o segundo objeto mais brilhante do céu noturno. No entanto, os dados de Sekanina sugerem que o cometa pode decepcionar quem o aguardava.
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Os cometas são imprevisíveis por natureza. Eles começam a perder gás conforme se aproximam do Sol, e dependendo da distância do astro, acabam perdendo também poeira, que forma longas caudas no espaço. Normalmente, o brilho é um bom indicativo para sabermos se vai ser possível ver um cometa, ou se ele acabou se rompendo no espaço.
Here’s a peek at the approaching Oort cloud comet C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) by the 200-inch Hale Telescope at Palomar Observatory last month. Coma was at an r’ magnitude of ~16.3. pic.twitter.com/dLSPlua9GP
— Qicheng Zhang (@aciqra) July 15, 2023
O que Sekanina descobriu é que o C/2023 A3 não ficou tão brilhante quanto se esperava considerando seu tamanho, velocidade e rotação. Além disso, como está se aproximando do Sol, o cometa deveria ter passado a brilhar mais, mas não foi o que aconteceu.
Para o astrônomo, a única explicação plausível para isso é que o cometa já está em uma etapa avançada de fragmentação — e, se este for o caso, ele indica que os pedaços seriam pequenos demais para serem vistos da Terra.
“O objetivo deste artigo não é decepcionar observadores de cometas que estavam esperando ver um novo objeto a olho nu em outubro, mas sim apresentar argumentos científicos que não pareçam apoiar tais esperanças”, escreveu ele.
Sekina sabe que a previsão da desintegração de um cometa antes da sua chegada ao periélio (o ponto mais próximo do Sol) é arriscada, e outros pesquisadores têm opiniões diferentes — Dr. Clay Sherrod, dos Observatórios do Céu do Arkansas, nos Estados Unidos, comentou que “o cometa não vai a lugar algum; em minha opinião, ele está ótimo e não está se fragmentando”, comentou. Resta aguardar.
O artigo em que Sekanina descreve suas considerações sobre o estado do cometa C/2023 A3 foi disponibilizado no repositório arXiv.
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Fonte: Canaltech