Nesta segunda-feira (5), começou o cadastro oficial das chaves do Pix – plataforma de transferências e pagamentos criada pelo Banco Central (BC) e que começa a funcionar no dia 3 de novembro. E a solução deve impulsionar de vez um modo de pagamento que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil: o QR Code. Tanto que 20% dos brasileiros já apontam a tecnologia em questão como uma das suas três formas preferidas de pagamento na hora de fazer compras online, segundo pesquisa do Capterra, empresa do grupo Gartner, que atua como intermediário entre compradores e vendedores na indústria de software.
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O dado integra a segunda parte de uma pesquisa feita pelo Capterra sobre o comportamento dos compradores após o início da crise do coronavírus. O estudo ouviu 1.002 entrevistados de todas as regiões do Brasil, entre os dias 14 e 21 de julho. A aposta por novos meios de pagamento veio acompanhada de um forte crescimento das compras recorrentes pela internet devido à pandemia.
Segundo o estudo, dobrou o número de consumidores que afirmam fazer de seis a dez compras online mensalmente, na comparação do período pré-crise com o atual, indo de 9% a 19%, respectivamente. Por outro lado, a quantidade daqueles que afirmam fazer somente de uma a duas compras por mês teve queda de 37%.
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A consolidação do QR Code
Ainda que pagamentos via QR Code não sejam exatamente uma novidade no Brasil, o fato é que a sua consolidação por aqui anda a passos lentos – para efeito de comparação, na China, essa funcionalidade é usada para praticamente tudo no dia a dia da população.
Mas com o Pix a tendência é que esse modo de pagamento aumente exponencialmente. Isso porque o seu celular passará a ser, de fato, a sua carteira digital, caso a solução do BC esteja ativada. Para pagar, basta pegar o smartphone, abrir o aplicativo onde você tem o seu Pix ativado, acionar a opção de pagamento e apontar a câmera do aparelho para realizar a transação.
Para esse tipo de operação, serão oferecidos dois tipos de QR Code: o estático e o dinâmico. Ambos agregam todas as informações necessárias para a realização de uma transação com mais segurança. A diferença entre eles é que o estático vem apenas com os dados da conta preenchidos, mas não o valor. O dinâmico já traz o valor preenchido, além das outras informações.
O QR Code estático também pode ser utilizado para múltiplas transações e também para transferências entre duas pessoas, por exemplo. Já o uso do do QR Code dinâmico é mais indicado para pagar por compras, já que ele permite a inserção de informações diferentes a cada operação, além da inclusão de dados adicionais.
“Outro ponto importante é que, para o ano que vem, o Pix prevê o uso outros tipos de QR Code, sendo que um deles é chamado de QR Code Offline. Ele permite a quem está pagando – o consumidor – gerar um QR Code no seu celular sem precisar de internet ou Bluetooth, ou qualquer tipo de conectividade”, diretor de inovação e novos negócios da Matera – empresa de desenvolvimento de tecnologia para o mercado financeiro, fintechs e gestão de risco, em entrevista recente ao Canaltech. “Isso é muito importante porque a gente sabe que dada as dimensões continentais do Brasil, existem locais, principalmente no interior, em que que a rede de celular não tem uma cobertura muito boa. Além disso, também existem muitos usuários com franquia de dados mais limitada. Com isso, temos uma combinação bacana de tecnologia e necessidade, levando a inclusão digital e democratizando o acesso aos serviços financeiros. Foi uma decisão muito feliz”.
Novas formas de comprar
A pesquisa aponta que as formas de pagamento preferidas dos consumidores online são o PayPal e o cartão de crédito à vista, soluções usadas por 43% dos entrevistados; na sequência, temos o cartão de crédito parcelado (41%), cartão de débito (32%) e boleto bancário (23%).
No entanto, além de diversificar os métodos de pagamento, os consumidores estão cada vez mais apostando em novas plataformas. Quase quatro de cada dez consumidores (38%), por exemplo, afirmam já ter feito compras por sistemas de chat, como o WhatsApp.
E as redes sociais também ganham protagonismo: um terço dos entrevistados afirmam já ter comprado diretamente nas redes sociais, como o Instagram, pelo menos uma vez.
“O brasileiro está entre os líderes mundiais em adoção de redes sociais e do WhatsApp”, afirmou Lucca Rossi, analista responsável pela pesquisa. “Com essas plataformas se transformando em verdadeiros marketplaces, o consumidor pode buscar produtos e fechar a compra na própria plataforma”.
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Fonte: Canaltech