Novas pesquisas sobre os poderosos campos magnéticos que se formam no interior do Sol podem ajudar a prever as erupções solares, que causam as tempestades geomagnéticas na Terra e ameaçam os componentes eletrônicos dos sistemas de comunicação, como satélites em órbita.
- Vídeo espetacular da NASA mostra explosão solar que chegou à Terra no Halloween
- Tempestade solar produz aurora boreal tão intensa que pôde ser vista em NY
- Explosão solar “canibal” gerou auroras incríveis que foram fotografadas na ISS
Uma equipe internacional de matemáticos e astrofísicos do Reino Unido e da Itália modelou o surgimento dos campos magnéticos retorcidos na atmosfera solar e compararam as simulações com os dados observacionais obtidos do Sol. O resultado foi um artigo que representa um avanço na busca pela compreensão do processo pelo qual as erupções solares ocorrem.
As erupções mais violentas do Sistema Solar nascem em regiões solares ativas, principalmente nas fases de maior atividade dos ciclos solares de 11 anos. Essas regiões são geradas por concentrações de campos magnéticos retorcidos e complexos que emergem do interior da estrela e se erguem em direção à atmosfera. O Dr. David MacTaggart, da Universidade de Glasgow, autor principal do artigo, disse que físicos “supõem” há muito tempo que as regiões ativas do Sol são formadas por esses grandes tubos retorcidos de campo magnético.
–
Podcast Canaltech: de segunda a sexta-feira, você escuta as principais manchetes e comentários sobre os acontecimentos tecnológicos no Brasil e no mundo. Links aqui: https://canaltech.com.br/360/
–
Por causa dessa suposição, a equipe analisou a topologia magnética solar, especificamente algo chamado enrolamento magnético, e construiu um modelo matemático sofisticado do processo, que permitiu simular esse enrolamento magnético em diferentes condições. Em seguida, escolheram regiões do Sol para comparar com as simulações. O resultado foi uma semelhança entre a assinatura do enrolamento magnético encontrada nas simulações e aquelas que foram descobertas nas observações.
Isso significa que “o enrolamento magnético é a última peça do quebra-cabeça para confirmar que a natureza distorcida dos campos magnéticos da região ativa emerge na atmosfera solar, em vez de ser criada principalmente lá”, segundo o Dr. MacTaggart. “Este resultado tem consequências importantes para a nossa compreensão da evolução da região ativa e revela o enrolamento magnético como uma ferramenta nova e importante para a análise do campo magnético solar”, completou.
Com este novo passo na compreensão da atividade do Sol, os cientistas esperam estar mais perto de finalmente conseguirem prever com antecedência “folgada” as erupções solares e ejeções de massa coronal. O estudo foi publicado em um artigo na revista Nature Communications.
Trending no Canaltech:
- Microsoft tenta mais uma estratégia para forçar uso do Edge
- Tentei migrar do Android para o iPhone; eis o que aprendi
- Xiaomi 12 Ultra terá versão “melhorada” com câmera sob o display
- Todos os novos recursos do WhatsApp em 2021 e mais funções que vêm por aí
- Cientistas se aproximam da ignição de fusão nuclear para gerar energia limpa
Fonte: Canaltech