Pesquisadores israelenses testaram uma terapia com oxigênio para ajudar contra a covid longa. A técnica se chama oxigenoterapia hiperbárica, e segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica, consiste em deixar o paciente respirando oxigênio puro (100%), enquanto é submetido a uma pressão 2 a 3 vezes maior que a pressão atmosférica ao nível do mar, no interior de uma câmara.
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A oxigenoterapia hiperbárica provoca aumento na quantidade de oxigênio transportado pelo sangue, na ordem de 20 vezes o volume que circula em indivíduos que estão respirando ar ao nível do mar. A ideia, de acordo com a organização, é que o oxigênio combata infecções bacterianas e por fungos e compense a deficiência de oxigênio decorrente de entupimentos de vasos sanguíneos, além de neutralizar substâncias tóxicas.
Nessa técnica, o oxigênio é administrado através de máscaras e capacetes de plástico apropriados, mas existe possibilidade de o paciente respirar o oxigênio diretamente da atmosfera da câmara, quando pressurizada com o gás.
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O estudo israelense mostrou que o uso dessa técnica para fornecer grandes quantidades de oxigênio ao corpo parece aliviar muitos dos efeitos cognitivos e físicos da covid longa. Para chegar a essa descoberta, os pesquisadores conduziram 40 sessões diárias (cinco sessões por semana durante dois meses) com pacientes com covid-19. Feito isso, houve uma comparação com um grupo de pacientes que não passou pelo processo.
Terapia com oxigênio ajuda contra covid longa?
Em comparação com o outro grupo, os indivíduos que receberam o tratamento relataram uma melhora no sono e na função cognitiva, além da diminuição da depressão. A teoria dos especialistas é que quando pensamos que estamos com escassez de oxigênio, ocorre uma mudança metabólica projetada para combater os danos gerados quando o oxigênio é privado.
A resposta desencadeia uma cascata regenerativa de eventos, mas sem os efeitos colaterais prejudiciais da privação real.
Embora o grupo tenha mostrado que os sintomas de covid longa parecem melhorar com a terapia com oxigênio, o estudo ainda é limitado e mais pesquisas são necessárias para ver quão amplamente eficaz a terapia pode ser em diferentes grupos.
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Fonte: Canaltech
