Os trajes espaciais que serão usados pelos novos astronautas que forem à superfície da Lua durante a missão Artemis 3 devem acabar abandonados no módulo de pouso Starship, da SpaceX, que ficará na órbita lunar; portanto, eles não vão retornar para serem exibidos ao público em exposições. As informações vêm de uma entrevista concedida por Michael Suffredini, presidente da Axiom Space, e do CEO Mark Greeley.
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A NASA planeja lançar a missão Artemis 3 em 2025, levando astronautas à superfície da Lua de forma diferente de como aconteceu durante o programa Apollo. Desta vez, os quatro tripulantes da missão vão deixar a Terra a bordo da cápsula Orion; depois, dois membros da tripulação vão entrar no sistema de pouso Starship, da SpaceX, enquanto os outros dois vão permanecer em órbita na Orion.
Quando finalizarem as operações na superfície lunar, os dois astronautas vão retornar ao Starship e, depois, voltam para a Orion para seguir viagem à Terra. “Os trajes espaciais vão voltar para o Starship, e depois, o Starship ficará na órbita lunar indefinidamente”, disse Greeley. Devido às restrições de peso, eles devem transferir para a Orion apenas uma pequena porção de rochas lunares e equipamentos leves.
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Após deixar a superfície lunar, o Starship não terá combustível suficiente para chegar à Terra. Apesar de ter sido projetado para ser abastecido, ainda não haverá estações ou estruturas capazes de fornecer o combustível necessário para a viagem de volta. Assim, caberá à Axiom Space, a empresa responsável pelos trajes Unidade de Mobilidade Extraveicular (ou “AxEMU”, na sigla em inglês), decidir o que será possível trazer de volta.
“Estamos oferecendo um serviço e isso é muito importante, porque se não [os trajes] fossem nossos, não poderíamos vender o serviço para outros”, acrescentou Suffredini. A empresa foi escolhida pela NASA no ano passado para produzir os trajes, e o protótipo deles foi revelado durante um evento realizado nesta quarta-feira (15). “Se a NASA os criasse, seria difícil vender os serviços, mas como nós criamos e oferecemos o serviço à NASA, também podemos vender o serviço para outros”, finalizou.
Embora o plano atual seja manter os trajes em órbita a bordo do Starship, isso não significa que a situação não possa mudar nos próximos anos, antes da missão. “Ainda faltam alguns anos e estas coisas são discutidas, então não me surpreende se tivermos uma conversa em algum momento sobre o que seria possível”, observou Greeley. “Talvez as luvas ou outras partes pequenas retornem”.
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Fonte: Canaltech