Na química, é comum usar a escala numérica do pH para medir o nível de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma solução aquosa (com água). Com variação entre 0 e 14, cada número na escala é determinado a partir da concentração de íons de hidrogênio (H+ ou H3O+). Quanto mais íons, mais ácida será a amostra e esse número deve ser aproximar de 0. Enquanto isso, o 14 indica uma solução básica (alcalina), com menos íons.
Embora o conceito do pH possa parecer um tanto quanto abstrato, ele está mais presente no nosso dia a dia do que se imagina. Muito provavelmente, você já sentiu “acidez” no estômago. Isso porque o pH da região deveria estar desequilibrado, ou seja, muito ácido (mais perto do 0 que do 14).
Dependendo do nível de acidez, é possível melhorar após beber um copo de leite (básico), já que isso ajuda a neutralizar o pH do seu organismo.
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Entenda o que é pH
Na química, a sigla pH se refere a uma função (p) que calcula o potencial da espécie a ser analisada (H). Em outras palavras, pH significa potencial hidrogeniônico. O pH expressa a quantidade de íons H+ ou H3O+ em uma solução.
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Além dos números do pH, os químicos também podem relacionar a acidez de uma solução através de cores, o que é feito em experimentos com indicadores ácido-base, de origem natural ou sintética.
São “fitinhas” que, ao entrarem em contato com a solução, mudam de cor, indicando se uma mistura é alcalina, ácida ou neutra. Entre os indicadores mais comuns para os testes, estão o papel de tornassol e o indicador universal.
A seguir, entenda como é a classificação para cada cenário:
- Ácido: pH deve ser menor que 7, podendo chegar até o 0. Em testes com os indicadores ácido-base, tende a apresentar cores mais próximas do vermelho;
- Neutro: pH é 7 e, em experimento, as fitinhas ficam na cor verde;
- Básico/Alcalino: pH é maior que 7, mas deve ser menor que 14. A coloração fica mais próxima do azul e do roxo.
Afinal, pH é importante?
Além do metabolismo, é importante explicar que o pH é uma medida de extrema importância para o meio-ambiente e tem diferentes aplicabilidades práticas. Por exemplo, na agricultura a escala é usada para o melhor desenvolvimento de plantas — se você se interessa por vinhos, vale lembrar que solos com pH mais ácidos resultam numa uva diferente daquela cultivada em regiões com terra mais alcalina.
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O estudo do pH também é fundamental para empresas que tratam o esgoto, já que o descontrole pode provocar a morte de peixes. Em ambientes com pH muito baixo (menor que 5), o que pode acontecer com o despejo de materiais ácidos, os peixes podem morrer imediatamente, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Com descarte inadequado de amônia — o pH pode chegar a 9 ou mais — e altas temperaturas, o meio pode se tornar extremamente tóxico para os animais, também provocando mortes. Situações semelhantes podem ser enfrentadas por quem tem aquário em casa.
Quem inventou o pH?
Em 1909, o químico dinamarquês Søren Peter Lauritz Sørensen introduziu, pela primeira vez, o conceito de pH na química. No entanto, a escala não se tornou rapidamente popular entre os químicos e chegou a ter sua lógica questionada por não ser tão intuitiva. Por exemplo, soluções ácidas têm mais íons que as básicas, só que recebem um número menor na escala.
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“A escala de pH, apesar de cômoda e hoje usual, não foi aceita de imediato entre os químicos, sofrendo duras críticas. O primeiro livro de Química que menciona o conceito de pH foi publicado em 1914, cinco anos após a proposição de Sörensen”, explicam os pesquisadores Michelle da Silva Gama e Júlio Carlos Afonso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em artigo para a revista científica Química Nova. No Brasil, os primeiros livros começaram a abordar a questão em 1920.
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Fonte: Canaltech