Uma nova espécie de dinossauro foi descoberta no norte da Patagônia, na Argentina, um parente distante do tiranossauro que foi nomeado Meraxes gigas pelos paleontólogos, e, assim como seu primo predador, também tinha braços curtos. Ele faz parte da família Carcharadontosauridae, compartilhando o status de grande predador e os membros posteriores diminutos com mais três terópodes desse grupo.
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O esqueleto do dino tem cerca de 11 metros de comprimento, com um peso estimado de mais de 4 toneladas quando estava vivo. Embora ninguém saiba a função exata das pequenas patas em um predador enorme como esse, os pesquisadores que o encontraram acreditam que elas possam ter servido como suporte para a movimentação ou para segurar a parceira durante o acasalamento.
O dragão gigante da Argentina
O Meraxes era um predador topo de linha em sua época um carnívoro que se alimentava de animais herbívoros, como os enormes titanossauros os rebbachisaurídeos. Foi a equipe de Juan Canale, líder do projeto do Museu Paleontológico Ernesto Bachmann, que encontrou os restos fossilizados do animal, que tinha cerca de 45 anos quando morreu, na vida adulta.
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Meet Meraxes gigas, the newest member of the carcharodontosaurid theropod radiation! Based on a well preserved skeleton, this giant carnivore was over 35 feet long and weighed around 9000 lbs. Published today in @CurrentBiology! Artwork (c) J. Gonzalez pic.twitter.com/zoqHGBLTQu
— Peter Makovicky (@PeteMakovicky) July 7, 2022
No crânio do bicho, há algumas protuberâncias e pequenos chifres, que, segundo os cientistas, apareciam quando o dinossauro atingia a maturidade e podem ter sido usados para atrair parceiros. O nome da espécie foi escolhido pelos pesquisadores: “Meraxes” vem de um dos dragões da série de livros de George R. R. Martin, A Canção de Gelo e Fogo (que inspirou Game of Thrones), e “gigas” vem do grego, significando “gigante”, devido às grandes proporções do predador.
Os carcharodontosaurídeos viveram na maioria dos continentes durante o início do Período Cretáceo, de 145 a 100 milhões de anos atrás: isso foi 20 milhões de anos antes do primeiro T. rex pisar no planeta. No final do Cretáceo, a espécie já havia chegado ao pico de sua diversidade, logo antes de perecerem.
As duas espécies são tão distantes que os bracinhos evoluíram separadamente, por conta de alguma vantagem evolutiva (como evitar que se mordessem ao se alimentar de presas). Canale está convencido, no entanto, que as patas proporcionalmente pequenas tenham tido alguma função já que o esqueleto demonstra evidências de grandes músculos e de um peitoral desenvolvido. Os braços eram fortes — só não eram usados para brigar.
Muito animado com a descoberta, que considera um dos pontos mais incríveis de sua carreira, Canale afirma que o próximo passo é descrever os ossos e fazer tomografias computadorizadas dos itens, para descobrir como eram seus espaços internos. Um estudo preliminar sobre o fóssil foi publicado na revista científica Current Biology.
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Fonte: Canaltech