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NASA detalha o “lixo” gerado pelo pouso do rover Perseverance em Marte

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NASA detalha o

O rover Perseverance pousou em Marte no início do ano passado — e, durante a entrada, descida e pouso (ou “EDL”, na sigla em inglês) no planeta, foi necessário descartar alguns componentes a uma distância segura. Parte do hardware deste processo aparece em fotos capturadas ao longo dos últimos meses pelo próprio rover e pelo helicóptero Ingenuity.

Parte do equipamento de EDL se rompeu em pedaços menores após o impacto na superfície marciana. Alguns dos detritos aparecem em fotos da região Hogwallow Flats, localizada a cerca de 2 km das zonas de queda dos objetos. Em julho, a equipe de operações catalogou quase 12 pedaços de detritos do EDL na área, sendo que alguns deles foram deslocados pelo vento.

NASA detalha o
Escudo térmico do Perseverance fotografado pelo helicóptero Ingenuity (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)

Justin Maki, cientista de imageamento e investigador principal adjunto do instrumento Mastcam-Z, observa que a equipe da missão descobriu os primeiros detritos em Hogwallow Flats em abril, enquanto o rover estava explorando a região Three Forks, na cratera Jezero. “Identificamos um material estranhamente brilhante em uma imagem do Mastcam-Z nas colinas dos arredores, a quase 400 m do rover”, explicou ele, em um comunicado.


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Eles perceberam que o material encontrado era brilhante, mas não sabiam exatamente do que se tratava. Algumas semanas depois, o rover foi para Hogwallow Flats e tirou fotos de alta resolução do material; as imagens foram enviadas para a Terra e um membro de uma equipe científica na Europa sugeriu que fosse parte do EDL. Naquela mesma manhã, a equipe de hardware do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, confirmou a origem dele.

Outras imagens da região mostraram novos fragmentos do EDL, identificados pelas equipes de operações. “Hogwallow Flats parece ser um ponto natural de coleta para detritos EDL empurrados pelo vento”, observou Maki. Agora, os membros da missão do Perseverance estão analisando as imagens dos fragmentos para verificar se o material pode representar uma possível fonte de contaminação para os tubos de amostras coletadas na área.

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Fonte: Canaltech