Em novo estudo publicado na revista PLOS ONE, cientistas colocaram câmeras em alguns golfinhos para entender melhor seus hábitos, e se surpreenderam com o resultado: uma capacidade até então desconhecida para a caça. Para se ter uma noção, nos vídeos, esses animais chegaram a atacar até mesmo cobras-marinhas venenosas.
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As câmeras, amarradas a seis golfinhos nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus) gravaram seis meses de imagens e áudio. Para isso, o equipamento foi colocado nas costas ou laterais. Ao todo, os golfinhos amarrados com câmeras capturaram mais de 200 peixes. Anteriormente, pesquisadores também filmaram as atividades e descobriram que golfinhos usam corais para fazer a própria skin care.
O artigo menciona que os golfinhos acompanharam todos os movimentos de suas presas, nadando de cabeça para baixo para dar a seus olhos giratórios uma visão clara, uma técnica observada anteriormente em golfinhos selvagens.
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“Esses golfinhos pareciam usar tanto a visão quanto o som para encontrar presas. À distância, os golfinhos sempre usavam a ecolocalização para encontrar peixes. De perto, a visão e a ecolocalização pareciam ser usadas juntas”, afirma o estudo.
Como os golfinhos se alimentam
As câmeras também gravaram o som dos corações dos animais enquanto eles batiam rapidamente para acompanhar as atividades extenuantes. Através disso, os cientistas descobriram que, em vez de derrubar suas vítimas, os golfinhos usavam sucção para ajudar a engolir suas presas ainda lutando com uma garganta impressionantemente forte.
Conforme os golfinhos sugavam principalmente os peixes pelos lados de suas bocas abertas, os músculos da garganta se expandiam e a língua era retirada do caminho. O espaço interno expandido da boca ajuda a criar pressão negativa que seus músculos de sucção aumentam.
Um golfinho consumiu oito cobras marinhas de barriga amarela altamente venenosas (Hydrophis platurus), e não apresentou sinais de doença depois de consumir as pequenas cobras. Mas os próprios pesquisadores ressaltam que esse pode ser um comportamento incomum, já que os golfinhos envolvidos no estudo eram animais em cativeiro, e só depois foram liberados para o alto mar.
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Fonte: Canaltech