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Explicação recente sobre origem das luas de Marte é contestada

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Explicação recente sobre origem das luas de Marte é contestada - 1

Uma das hipóteses sobre a origem das duas luas de Marte, Fobos e Deimos, alega que ambas já foram um único objeto que se dividiu em dois após o impacto com algum corpo massivo. Contudo, um novo estudo mostra que provavelmente não foi assim que as coisas aconteceram.

O estudo afirma que uma única lua em uma órbita síncrona (com a mesma face sempre voltada para o planeta e outra face sempre na direção oposta) não teria produzido dois objetos — isso até poderia acontecer, mas ambos já teriam sido destruídos.

Nas simulações realizadas pela equipe do Dr. Ryuki Hyodo, pesquisador do Departamento de Ciências do Sistema Solar do ISAS, foram testadas as ideias de outro estudo, publicado em 2021, que afirmava que Fobos e Deimos eram originalmente uma única lua, sendo dividida após uma colisão.


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Eles descobriram que, nesse cenário — a separação de uma única lua dando origem a Fobos e Deimos em algum momento entre 1 e 2,7 bilhões de anos atrás — as duas novas luas teriam se chocado cerca de 100 mil anos depois.

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Marte e suas luas (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech/GSFC/Universidade do Arizona)

Essa colisão teria formado outro anel de detritos em Marte, que estaria lá até hoje no lugar dos dois satélites artificiais. Em outras palavras, provavelmente Fobos e Deimos não vieram de uma mesma lua marciana.

No entanto, é possível que as duas luas tenham se formado de um único asteroide nascido no cinturão principal de asteroides — que por acaso fica entre as órbitas de Marte e Júpiter. A dupla de luas marcianas apresentam características em comum com asteroides carbonáceos do tipo C do cinturão principal.

O problema é que as órbitas de Fobos e Deimos são muito circulares, quase exatamente no plano equatorial de Marte, contrariando uma origem no cinturão principal. Provavelmente, a única maneira de contar a história dessas luas seja visitá-las com uma missão robótica. Felizmente, várias agências espaciais já planejam fazer exatamente isso.

Resultados do novo estudo foram aceitos para publicação no The Planetary Science Journal.

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Fonte: Canaltech