Um novo estudo liderado por Nikoleta Ilic, do Instituto Leibniz de Astrofísica, sugere que os planetas podem “forçar” suas estrelas a parecerem mais jovens do que realmente são. A conclusão é resultado de análises realizadas com o observatório Chandra, em raios X, e pode explicar o porquê de alguns planetas parecerem desacelerar o envelhecimento de suas estrelas.
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O “efeito antienvelhecimento” já havia sido observado nos chamados “Júpiteres quentes”, exoplanetas gigantes gasosos que têm órbitas bem próximas de suas estrelas. Estes planetas têm potencial para influenciar suas estrelas com a força das marés gravitacionais, que pode fazer com que elas girem mais rapidamente do que aconteceria, se não tivessem um planeta.
Conforme envelhecem, as estrelas perdem velocidade de rotação e sofrem menos explosões de energia. Só que, quanto mais rápida for a rotação, mais ativa a estrela fica, emitindo mais raios X que, normalmente, são associados à juventude dela. Por isso, é difícil determinar a idade da maioria das estrelas, já que os astrônomos não conseguem identificar se elas estão estranhamente ativas porque são jovens ou porque há um planeta por perto.
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Assim, os pesquisadores do estudo trabalharam com sistemas de estrelas binárias, nos quais elas estão separadas por grandes distâncias e somente uma delas é orbitada por um Júpiter quente. Para procurar evidências da influência planeta-estrela, eles estudaram quase 30 sistemas em raios X; a amostra final tinha 10 sistemas observados pelo Chandra e seis pelo telescópio XMM-Newton, com alguns estudados por ambos.
No fim, eles descobriram que as estrelas com Júpiteres quentes tendem a ser mais brilhantes em raios X e, portanto, mais ativas do que suas vizinhas, que não são orbitadas por estes planetas. “Nos casos anteriores, haviam algumas pistas muito intrigantes, mas agora finalmente temos evidências estatísticas de que alguns planetas estão realmente influenciando suas estrelas e fazendo com que ‘finjam’ ser jovens”, disse Marzieh Hosseini, coautor do estudo.
O artigo que descreve as descobertas foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
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Fonte: Canaltech