No Reino Unido, pesquisadores da Universidade de Oxford testam uma forma inédita de acompanhar e estudar a evolução da doença de Parkinson: o uso de tecnologias vestíveis. A partir de um smartwatch e um celular, cada paciente é acompanhado diariamente. A expectativa é que seja possível captar detalhes sutis da doença e que, no futuro, isso ajude no desenvolvimento de técnicas para o diagnóstico precoce da condição.
- Estudo revela quais neurônios morrem durante doença de Parkinson
- Pesadelos frequentes podem ser um sinal precoce de Parkinson, revela estudo
Durante o estudo de Oxford, a equipe de pesquisadores acompanha os voluntários através de teleconsultas e configura os aparelhos remotamente. Pelo menos uma vez por mês, cada participante deve realizar uma série de atividades pré-definidas, com todos os dispositivos ajustados, como testes de reação e alguns exercícios cognitivos.
Como o Parkinson afeta o corpo?
Vale explicar que a doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva, ou seja, sua evolução é gradual. Entre os principais sintomas, estão:
–
Siga o Canaltech no Twitter e seja o primeiro a saber tudo o que acontece no mundo da tecnologia.
–
- Tremores e agitação das mãos;
- Lentidão de movimentos;
- Rigidez muscular.
Até onde se sabe, os sintomas deste tipo de demência começam a aparecer quando não há dopamina química suficiente no cérebro para controlar o movimento de forma adequada. Isso acontece porque as células nervosas (neurônios) que seriam responsáveis pela produção morreram e, neste ponto, a condição se torna irreversível. Atualmente, os tratamentos disponíveis buscam retardar o avanço da doença.
Como os tremores e sintomas são estudados hoje?
Para monitorar a evolução de um caso de Parkinson, os médicos avaliam os sintomas a partir de uma “escala de classificação clínica”. De forma geral, isso se baseia na impressão subjetiva do próprio clínico sobre a condição da pessoa e depende de visitas regulares do paciente para a análise médica.
Durante os exames de acompanhamento, os médicos podem identificar algumas anormalidades na velocidade e coordenação dos movimentos rápidos dos olhos e das mãos, por exemplo. Nestas sessões, também são avaliados o desempenho cognitivo do paciente em algumas atividades. Só que, hoje, isso ocorre apenas em ambientes controlados, como clínicas e hospitais.
Além disso, outra dificuldade é que os sintomas de Parkinson flutuam ao longo do dia e de um dia para o outro. Em outras palavras, a pessoa pode ir para a consulta em um dia bom e ter uma falsa análise da evolução do seu quadro.
A ideia é que o uso das tecnologias vestíveis, como um celular ou um smartwatch, permitam a captura de dados do Parkinson mais reais e de difícil obtenção, como detalhes que são somente percebidos em momentos de descontração, em casa ou com familiares.
Trending no Canaltech:
- Bactéria rara e mortal é encontrada nos Estados Unidos e gera alerta nacional
- Tempestades “canibais”: ejeções de massa coronal do Sol estão a caminho da Terra
- A posição do corpo afeta a rapidez do efeito de um remédio; entenda
- Este é o estranho motivo que leva algumas pessoas a preferirem café sem açúcar
- Cientistas alertam que a próxima pandemia poderá ser de fungos, e não de vírus
Fonte: Canaltech