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Destaque da NASA: Nebulosa da Água-viva é a foto astronômica do dia

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Destaque da NASA: Nebulosa da Água-viva é a foto astronômica do dia - 1

A Nebulosa da Água-viva (IC 443) é a protagonista da imagem selecionada pela NASA, no site Astronomy Picture of the Day, nesta terça-feira (26). Registrado pelo astrofotógrafo David Payne, o objeto está a cerca de 5.000 anos-luz da Terra.

Esta nebulosa é um remanescente de supernova localizado na constelação de Gêmeos, próximo à estrela Eta Geminorum, com aproximadamente 70 anos-luz de diâmetro. Entretando, a foto abaixo abarca 140 anos-luz de um cenário cósmico maior que se estende a partir do “braço” no lado superior esquerdo da imagem.

Pesquisas já demonstraram indícios de que a Nebulosa da Água-viva surgiu com a explosão de uma supernova em algum momento há 3.000 e 30.000 anos. Em outras palavras, ainda não há consenso sobre a idade do objeto, já que diferentes estudos propuseram hipóteses bem discrepantes entre si.


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Além da formação gasosa, o evento também teria deixado para trás a estrela de nêutrons CXOU J061705.3+222127, mas essa relação também já foi questionada, com algumas pesquisas sugerindo que esse “cadáver” de estrela seria apenas um vizinho da nebulosa.

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A Nebulosa da Água-viva fica à esquerda da estrela brilhante na imagem, Eta Geminorum (Imagem: Reprodução/David Payne)

A IC 443 é um dos remanescentes de supernova mais estudados, já que sua localização é relativamente próxima da Terra. Além disso, sua interação com as nuvens moleculares circundantes — como a nebulosa Sharpless 249 — fornece aos cientistas uma oportunidade para compreender melhor as dinâmicas entre esses dois tipos de objetos.

Mesmo que muito estudada, a Nebulosa da Água-viva é um tanto misteriosa, bem como sua estrela de nêutrons que pode ser um pulsar. Em imagens anteriores do telescópio de raios-X Chandra, foi revelada uma espécie de anel envolvendo o objeto, além de uma estrutura semelhante a um jato.

Para produzir a imagem, Payne usou um telescópio refrator e uma câmera dedicada, capturando o objeto durante um total de 13 horas e 24 minutos.

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Fonte: Canaltech