Em novo estudo, cientistas descobriram que é possível aumentar a memória através de impulsos elétricos no cérebro. As descobertas foram publicadas na Nature Neuroscience. O método envolve uma touca cheia de eletrodos e uma corrente elétrica usada para alterar as ondas cerebrais em regiões específicas.
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Os 150 participantes do estudo foram submetidos a sessões de 20 minutos de estímulos em quatro dias seguidos, e então tiveram que memorizar listas de palavras, que foram novamente solicitados a lembrar um mês depois. Conforme apontam os autores do estudo, o tratamento “pode causar melhora seletiva da memória que dura pelo menos um mês”.
Os cientistas acreditam que as quatro sessões reforçaram o ritmo da atividade cerebral e levaram a melhorias persistentes à medida que o cérebro se adaptava e se reconectava. No entanto, o artigo ressalta que são necessários diferentes tipos de estimulação para aumentar os diferentes tipos de memória.
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A memória de trabalho (responsável por reter informações em sua mente e tomar decisões) exige estímulo de baixa frequência do córtex pré-frontal, na frente do cérebro, por exemplo, enquanto a emória de longo prazo exige estímulo de alta frequência do córtex parietal, na parte de trás do cérebro.
Agora os pesquisadores estão investigando se a tecnologia pode ser usada contra Alzheimer para estimular as células cerebrais sobreviventes, ou contra a esquizofrenia. Para isso, futuros estudos são necessários.
O que impulsos elétricos no cérebro podem fazer?
Em janeiro, um estudo da Universidade da Califórnia publicado na revista Nature Medicine apontou que a estimulação elétrica no cérebro pode ter um efeito antidepressivo profundo, desde que os choques sejam cuidadosamente adaptados ao humor e sintomas específicos de cada paciente.
No estudo, os médicos identificaram três regiões cerebrais que poderiam estimular para aliviar a depressão, mas descobriram que só funcionava quando o paciente estava em um determinado estado mental. Caso contrário, os impulsos elétricos no cérebro teriam o efeito oposto. Depois de resolver todos os problemas, o paciente saiu do estudo de dez dias e permaneceu sem depressão por seis semanas.
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Fonte: Canaltech