Cientistas da University of Queensland e da Monash University conseguiram, através de modelagem 3D e reconstrução digital, resolver um longo mistério sobre os dinossauros: como os enormes saurópodes como brontossauros e diplodocus mantinham seus enormes corpos na terra sem quebrar os ossos? Para o estudo, foram testadas as funções dos ossos das patas de vários saurópodes diferentes.
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Os métodos de engenharia utilizados pelos pesquisadores, que foram liderados pelo doutor em paleontologia Andréas Jannel, confirmaram uma antiga teoria, cuja hipótese colocava um “acolchoado” de tecido mole atrás calcanhar dos enormes répteis, amortecendo as patas para absorver seu monstruoso peso. Um estudo sobre o achado foi publicado na revista Science Advances.
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Há, agora, evidências biomecânicas que confirmam o funcionamento do tecido mole das patas, especialmente nas patas traseiras, que tinham um papel crucial na redução da pressão locomotora e estresse ortopédico. Segundo os cientistas, é impressionante que animais tão grandes conseguissem suportar seu próprio peso na terra: eles foram os maiores animais a andar pela Terra, e circularam por aí por mais de 100 milhões de anos.
Teorias e descobertas
Inicialmente, teorizava-se que os animais fosse semi-aquáticos, sendo que a flutuabilidade na água os ajudaria a levantar o peso do corpo. A teoria foi descartada após o encontro de pegadas dos bichos em depósitos terrestres em meados do século XX. Além disso, se acreditava que os saurópodes tivessem patas parecidas com a dos elefantes: hoje, no entanto, sabemos que suas patas traseiras e dianteiras diferem, enquanto os elefantes têm as patas iguais, com “pontas dos dedos” nelas todas.
Nos saurópodes, as patas dianteiras têm um aspecto de coluna, muito retas, e as traseiras têm saltos em formato de cunha, com o suporte de uma grande seção acolchoada de tecido mole. A evolução diferente explica: os elefantes são proboscídeos, uma antiga ordem de mamíferos africanos de 60 milhões de anos atrás, e os saurópodes, de 230 milhões de anos atrás, são répteis mais próximos às aves.
Os métodos de escaneamento 3D e de engenharia envolvidos na pesquisa serão utilizados para descobertas posteriores, e os cientistas estão animais para analisar membros inteiros, descobrindo segredos de outros tecidos animais, como os músculos. Eles raramente acabam preservados nos fósseis, no entanto.
Ainda assim, há esperança de estudar os membros e pés de outros animais pré-históricos, respondendo a mais perguntas biomecânicas dos bichos extintos e entender melhor suas adaptações ambientais, movimentos e estilo de vida. Quem sabe a podologia pré-histórica não acabe virando uma área do estudo dos dinossauros?
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Fonte: Canaltech