Parece que as chuvas de diamantes também podem acontecer em exoplanetas gasosos. Já se sabia que o fenômeno pode ocorrer em Netuno e talvez em Urano, e agora, um estudo de pesquisadores do Centro de Aceleração Linear de Stanford, da universidade homônima, sugere que o fenômeno ocorra em condições diferentes do que se pensava. Se este for o caso, chuvas de diamantes também podem acontecer nos mininetunos, que são planetas gasosos menores.
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Uma chuva de diamantes pode parecer um fenômeno bastante estranho, mas o estudo sugere que seja relativamente comum pelo universo. Nos gigantes gelados, a temperatura e pressão é tão alta nas profundezas das suas atmosferas que hidrocarbonetos (como metano) são quebrados, permitindo que os átomos de carbono se combinem com outros e formem partículas de diamantes sólidos.
No ano passado, um estudo sugeriu que Netuno talvez tenha as condições ideais para uma chuva do tipo — mas, agora, o novo estudo indica que os limites de pressão e temperatura para isso acontecer sejam menores do que pareciam. Para chegar a esta conclusão, os autores simularam a formação de diamantes em laboratório.
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![Chuva de diamantes em planetas pode ser mais comum do que parece - 2](https://www.mundopositivo.com.br/wp-content/uploads/2024/01/chuva-de-diamantes-em-planetas-pode-ser-mais-comum-do-que-parece-2.png)
(Imagem: Reprodução/European XFEL/Tobias Wüstefeld)
Eles monitoraram o surgimento dos diamantes a partir de um filme de poliestireno de hidrocarbonetos submetidos a presssões altíssimas. Desta forma, a equipe pôde observar o processo por um tempo maior do que aquele de experimentos anteriores.
Os autores notaram que, embora a pressão intensa e altas temperaturas sejam necessárias para a formação dos diamantes, talvez elas não precisem ser tão extremas. Isso sugere que os diamantes possam ser formados em profundidades bem mais rasas — e que a descida das partículas deles durante chuvas arrastaria gás e gelo, influenciando os campos magnéticos dos seus planetas.
Netuno e Urano têm campos magnéticos assimétricos, e isso vem intrigando os cientistas. Por outro lado, a chuva de diamantes pode ajudar a explicar esta característica: Mungo Frost, físico e coautor do estudo, sugere que o fenômeno “pode desencadear movimentos nos gelos condutores encontrados nesses planetas, influenciando a geração de seus campos magnéticos”.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Astronomy.
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Fonte: Canaltech