Uma equipe de astrônomos do telescópio Gemini Norte, no Havaí, publicou nesta terça-feira (9) uma foto de duas galáxias espirais em processo de colisão e fusão. Na imagem, vemos as galáxias NGC 4568 e NGC 4567, conhecidas como “Galáxias da Borboleta” em função do formato que lembra as asas do inseto. Elas ficam a cerca de 60 milhões de anos-luz da Terra e, em aproximadamente 500 milhões de anos, devem dar origem a uma galáxia elíptica.
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A imagem mostra as etapas iniciais da fusão, com as galáxias presas uma à outra pela gravidade. Os centros da NGC 4568 e NGC 4567 ainda estão separados por aproximadamente 20 mil anos-luz (o equivalente a 75% da distância entre a Terra e o centro da Via Láctea).
Veja a imagem:
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Você deve ter notado que as formas espirais originais das galáxias ainda seguem bem definidas, mas conforme a fusão progredir, os braços delas devem acabar destruídos: as forças gravitacionais de ambas devem romper as estruturas espirais, desencadeando processos de formação estelar intensa.
Conforme as galáxias se torcem ao redor uma da outra, fluxos de gás e estrelas serão arrastados para fora de cada uma, fazendo com que as estruturas individuais da NGC 4568 e NGC 4567 acabem misturadas. O processo dará origem a uma galáxia elíptica — talvez parecida com Messier 89, uma galáxia elíptica antiga e com baixa formação estelar.
Além da beleza, a foto traz também um “spoiler” do que deverá acontecer em 5 bilhões de anos com a Via Láctea, quando colidir com Andrômeda. É possível que ambas passem por uma grande mudança em suas estruturas, capaz de levar o Sol e o Sistema Solar para uma região completamente diferente da galáxia recém-formada.
Outro detalhe interessante da foto é uma região brilhante, localizada no centro de um dos braços espirais da NGC 4568. Ali, está o brilho da supernova SN 2020fqv, que já está desaparecendo. Ela surgiu em uma foto do telescópio Hubble publicada em 2020, e agora está na imagem do Gemini, com dados obtidos naquele ano.
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Fonte: Canaltech