Um artista em 3D brasileiro, Cicero Moraes, reconstruiu a aparência de uma mulher que viveu há 5.700 anos, na Idade da Pedra, com base em estudos de seu crânio. O trabalho foi realizado em conjunto com arqueólogos da Universiti Sains Malaysia (USM), que descobriram os restos mortais em uma escavação no sítio neolítico de Guar Kepah, em Penang, no noroeste da Malásia. No mesmo local, foram achados e exumados outros 41 esqueletos.
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Através da datação por radiocarbono de conchas encontradas no mesmo sítio, ao redor dos restos da mulher, foi possível determinar que ela habitou a Malásia na chamada Nova Idade da Pedra, ou Neolítico, período que abarca de 8.000 a 3.300 a.C. Para criar uma aproximação de como era a face da mulher, foram realizadas tomografias computadorizadas de seu crânio e produzidas imagens 3D dos crânios de malaios modernos.
Análises na mulher da Idade da Pedra
Acredita-se, pelas análises da erosão dos dentes e fechamento da sutura craniana, que a antiga humana tenha vivido até os 40 anos. Moraes digitalizou o crânio e utilizou dados estatísticos de populações compatíveis — os malaios atuais — para determinar pontos faciais, e, usando modelos 3D de doadores digitais, criou uma estrutura próxima de como seria a da mulher em vida.
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Segundo o artista, as estruturas dos doadores digitais — que tiveram os crânios também reconstruídos em 3D a partir de tomografias — que eram mais próximas à da mulher foram adaptadas (ou deformadas) até que “encaixassem” no crânio estudado. O resultado foi uma face de nariz largo e lábios cheios. Moraes comenta que a réplica não é para ser exata, e sim uma aproximação, mas que a precisão é bem significativa.
Também foi utilizado o método de aproximação facial forense, onde se mede o crânio e os dados são alimentados a uma base de dados, que retorna indivíduos com características faciais similares, podendo nos dar uma ideia de como a aparência da mulher seria de fato. O processo de reconstrução levou vários meses, e terminou com a aplicação de um tom de pele e estilização do cabelo. Um estudo sobre o trabalho foi publicado no último dia 5, na revista científica Applied Sciences.
Com ele, os arqueólogos podem ter uma ideia melhor de como era a mulher, cujos restos foram encontrados em um sambaqui, onde eram descartadas conchas, ossos e outros restos orgânicos. Com os braços cruzados e cercada por bens pessoais, como cerâmicas e ferramentas de pedra, alguns especialistas acreditam que ela fosse alguém importante na sociedade da época. Os cientistas não puderam, até o momento, determinar a causa da morte da antiga malaia.
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Fonte: Canaltech