Em 2017, levantou-se um debate acerca das possíveis consequências do smartphone à cognição humana. O questionamento segue sendo atual, já que muitos ficam distraídos por conta do telefone, verificando o tempo todo o aparelho durante tarefas importantes, que deveriam ser ininterruptas, por exemplo.
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Na época, os pesquisadores levantaram a “hipótese da fuga do cérebro”, que diz que só de ter um celular por perto, já afeta a cognição, principalmente a memória de trabalho ou o sistema mental que ajuda a manter informações sobre o que está sendo feito naquele momento.
Outros estudos também concentrados na hipótese da fuga do cérebro analisaram principalmente cinco funções cognitivas: memória de trabalho, atenção, controle inibitório, flexibilidade cognitiva e inteligência fluida. No entanto, os especialistas da área comentam que, das cinco análises separadas, o único resultado estatisticamente significativo foi para a memória de trabalho.
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Para as outras quatro funções cognitivas, nenhum efeito estatisticamente significativo da presença de um smartphone foi observado. Pesquisadores já encontraram um efeito negativo para a memória de trabalho, mas não encontraram um algo deletério no que tange a atenção. Com isso, o impacto na memória passou a ser visto pela comunidade científica como algo muito menor do que os estudos iniciais indicavam.
As descobertas atuais levantam mais questões para um estudo mais aprofundado. É preciso levar em consideração, por exemplo, que o smartphone é muito mais importante para algumas pessoas do que para outras. Então esse impacto pode estar diretamente relacionado com o envolvimento de uma pessoa com o telefone, por assim dizer.
De qualquer forma, um ponto levantado pelos especialistas é que não vamos nos livrar de nossos telefones. Eles estarão por perto e nós provavelmente nos tornaremos ainda mais dependentes deles com o tempo. Mas saber que a presença de um telefone influencia a memória de trabalho pode levar a uma redução de danos de tecnologia mais direcionada ou a ficar de olho nesse efeito específico.
É preciso manter um olhar atento nessa questão, já que, de acordo com cientistas, o uso demasiado de redes sociais pode prejudicar a saúde mental dos jovens, por exemplo. Assim, o celular pode ser prejudicial, já que é usado principalmente para isso.
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Fonte: Canaltech
