A chuva de meteoros Perseidas atingiu seu maior pico na madrugada desta terça (11) para quarta-feira (12). Ela está entre as mais espetaculares chuvas anuais e é uma das favoritas dos observadores, por causa da grande quantidade de meteoros por hora. E algumas câmeras filmaram o céu noturno e conseguiram capturar algumas das “estrelas cadentes”.
Usando a câmera LIC1 do Observatório Canary Long-Baseline (CILBO), em Tenerife, o Meteor Research Group capturou a imagem de dezenas de meteoros. Trata-se de uma câmera com imagem intensificada (ou seja, feita para ambientes noturnos) que oferece um campo de visão de 22 x 28 graus. Na noite de 10 de agosto, a câmera detectou 37 meteoros no total, dentre os quais metade foram classificados como Perseidas.
Mas não parou por aí. Na noite seguinte, em 11 de agosto, a câmera conseguiu registrar quase o dobro – um total de 61 meteoros, dos quais 45 eram Perseidas. Quanto aos demais que não pertenciam à chuva Perseidas, os pesquisadores poderão usar as gravações para determinar a trajetória precisa de cada um. Então, serão capazes identificar a órbita deles ao redor do Sol e, por fim, determinar o corpo de onde se originaram.
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No caso dos Perseidas, isso não é mais necessário, pois os astrônomos já sabem a origem deles. Cada um desses meteoroides é um pequeno detrito deixado para trás pelo 109P/Swift-Tuttle, um cometa descoberto em julho de 1862. Os detritos deixam ao longo da trajetória orbital do cometa uma trilha chamada “nuvem Perseida”. Ela fica sempre ali, no mesmo lugar. Sempre que nosso planeta passa por ela, a gravidade atrai alguns desses detritos, que caem em nossa atmosfera e evaporam antes de atingirem a superfície.
A nuvem Perseida é formada por partículas ejetadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol, e ele já fez esse caminho incontáveis vezes. Os detritos se queimam quando entram na atmosfera e aparecem no céu noturno como rastros luminosos. A chuva recebe o nome de Perseidas porque os meteoros parecem vir da constelação de Perseu.
Meteor Research Group opera outro equipamento com câmeras observacionais em La Palma. Essas câmeras usam um software de detecção de meteoros chamado MetRec para registrar os dados.
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Fonte: Canaltech