Ciência & Tecnologia

B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo da tecnologia corporativa (8/6 a 12/6)

Publicidade



B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo da tecnologia corporativa (8/6 a 12/6) - 1

Bem-vindo ao nosso resumo semanal do mundo corporativo. Toda sexta-feira selecionamos as principais notícias que rolaram nos últimos dias para você ficar por dentro dos assuntos mais relevantes do momento. De estratégias de negócios até problemas judiciais, aqui você se atualiza em poucos minutos. Confira!

Semana da maçã

A Apple estampo nossas páginas essa semana com algumas notícias relevantes. Talvez a mais importante seja o suposto anúncio do abandona dos chips Intel que, segundo a Bloomberg, deve ocorrer no WWDC, no dia 22 deste mês.


Canaltech no Youtube: notícias, análise de produtos, dicas, cobertura de eventos e muito mais! Assine nosso canal no YouTube, todo dia tem vídeo novo para você!

Se a novidade se concretizar, os desenvolvedores de aplicativos para mac terão tempo de ajustar suas criações antes dos primeiros processadores da Apple serem lançados em 2021.

A mudança dos chips Intel nos computadores da maçã não é segredo para ninguém, já que a mesma estratégia foi usada nos iPhones e iPads. Aliás, é provável que os processadores usados pela Apple nos Macbooks e Macs sejam baseados nas mesmas tecnologias dos chips dos dispositivos móveis e que são licenciados pela Arm.

Esta será a primeira vez na história dos Macs que eles rodarão em processadores da própria Apple, já que eles eram baseados na tecnologia da Intel desde 2005. Com a Apple responsável por cerca de 10% do mercado de computadores, não é preciso muito para prever que a fabricante de chips perderá boa parte de sua receita, embora a empresa ainda seja dominante no mercado de laptops e desktops.

A notícia pode ter inflamado o preço das ações da Maçã, que acabou ultrapassando US$ 1,5 trilhão em capitalização de mercado se tornando a primeira empresa a atingir a marca nos Estados Unidos.

A capitalização de mercado é definida ao multiplicar o valor da ação pela quantidade de papéis que a companhia possui disponíveis para compra na bolsa de valores. Com o valor atual de US$ 352 por ação e cerca de 4,3 bilhões de papéis na NASDAQ, a capitalização de mercado da Apple está em torno do valor mencionado acima: US$ 1,5 trilhão.

Vale lembrar que o total de ações da empresa tem diminuído nos últimos anos, pois a própria Apple tem comprado suas partes de volta. Sendo assim, com menos oferta na bolsa, os papéis da maçã se tornam ainda mais valiosos. Essa diminuição na contagem de ações, no entanto, é contabilizada nos cálculos de capitalização de mercado.

Além de tudo isso, o CEO, Tim Cook, anunciou por meio de uma publicação em sua conta oficial do Twitter que a empresa está lançando a Apple’s Racial Equity and Justice Initiative, uma iniciativa de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 500 milhões) para promover a igualdade racial. O programa será liderado pela vice-presidente da Apple, Lisa Jackson.

Como parte desta ação, a empresa afirma que vai criar projetos de programação para programadores e empreendedores negros com o objetivo de criar “as melhores ideias” para a Apple. Além disso, o presidente divulgou que a empresa que lidera vai investir mais dinheiro em parcerias com negros.

Por fim, a semana também apresentou uma pesquisa dentro de PMEs e descobriu que 55% das companhias utilizam Macs. Departamentos criativos e de marketing já eram conhecidos por preferirem os equipamentos da maçã, mas agora sabe-se que a área de tecnologia da informação também tem utilizado seus aparelhos.

A pesquisa ainda revelou que as utilidades nos setores de TI giram em torno de desenvolvimento de software e há três hipóteses para isso: criação de aplicativos multiplataformas para empresas conectadas, sistema mais confiável ou média de custo mais baixo, conforme foi dito anteriormente pela SAP e IBM.

Em 2016, a IBM declarou que, em média, os Macs se mostram mais baratos do que os PCs a longo prazo. Porém, o valor dos aparelhos da Apple ainda faz com que os compradores de TI das companhias repensem a aquisição. Sendo assim, o custo inicial dos Macs é o grande impeditivo para o crescimento da Apple no mercado corporativo. A IBM começou a desafiar a ideia de que os Macs são mais caros, quando compartilhou com o mundo que economiza mais de US$ 500 por computador quando seus funcionários escolhem um Mac em vez de um PC.

No entanto, ainda muitos dos Macs usados nas companhias são propriedades privada e preocupam por não terem nenhum controle de gerenciamento por parte das empresas. Outro dado interessante é que, apesar da adoção do Mac em PMEs ser global, apenas 9% das empresas possuem mais de 1 mil computadores Apple em sua organização. Segurança, compatibilidade com dispositivos Apple, facilidade de uso e o fato de os funcionários preferirem usar Macs também foram citados como principais razões para a adoção.

Em maus lençóis

A União Europeia está pronta para abrir formalmente uma acusação antitruste contra a Amazon pelo uso de dados de terceiros, reportou o Wall Street Journal. As acusações, que devem ser apresentadas já na próxima semana, vão indiciar a companhia por usar dados de vendedores do seu marketplace para competir com eles mesmos.

esta não é a primeira vez que a Amazon é acusada de usar sua posição como operadora do marketplace para se beneficiar dentro da própria plataforma, já que ela também vende produtos em seu site. Ainda este ano, o Wall Street Journal reportou que os funcionários de Jeff Bezos usavam dados de varejistas independentes para ajudar a desenvolver seus próprios produtos. Isso teria acontecido apesar das regras estipuladas pela Amazon que proibiam este tipo de coleta de informação.

Na ocasião, a Amazon prometeu lançar uma investigação interna sobre o caso, mas o relatório gerou uma nova apuração dos legisladores norte-americanos. Os democratas do Comitê Judiciário da câmara disseram à imprensa que pediram à empresa que esclarecesse suas políticas de dados, enquanto o senador Josh Hawley (Missouri) pediu uma averiguação antitruste criminal.

Pedido negado

O herdeiro da Samsung, Lee Jae-yong, não vai voltar para a prisão. Nesta terça-feira (09), a justiça da Coreia do Sul negou o novo pedido dos procuradores para que o antigo vice-presidente da empresa voltasse à cadeia enquanto aguarda os resultados de uma investigação sobre fraudes contábeis. As acusações são de que ele teria manipulado valores de ações e números da empresa como forma de aumentar seu controle sobre ela. De acordo com a conclusão da corte da capital da Coreia do Sul, Seul, o pedido de prisão não se sustenta, já que a investigação tem transcorrido sem interferências de Lee.

A justiça da Coreia do Sul pediu a prisão de Lee na última semana sob a acusação de que ele alterou decisões corporativas da Samsung como forma de manipular valores de ações e violou regras de auditoria. O objetivo era perpetuar o próprio controle na fabricante por meio de uma fusão ocorrida em 2015, que uniu a Samsung C&T, holding que controla todas as empresas do grupo, e a Cheil Industries, dos setores têxtil e químico.

Processos judiciais que questionavam a decisão levaram à abertura da investigação, que chegou a receber parecer favorável da justiça sul-coreana em 2017. A união entre Samsung e Cheil não foi anulada, mas com o envolvimento de Lee e outros executivos da Samsung em casos de fraude ligados a outros segmentos da empresa, além de sua participação do escândalo político envolvendo a então presidenta Park Geun-hye, o processo acabou sendo reaberto.

Sua participação no caso que levou à deposição da líder, inclusive, já levou Lee a ficar pouco menos de um ano na cadeia, entre 2017 e 2018. Ele foi considerado como uma das figuras principais, no ramo corporativo, do sistema criado por Park e a líder religiosa Choi Soon-Sil, apontada como a verdadeira controladora das políticas públicas do país, com direito à redação de discursos para a presidenta e acordos diretos com legisladores.

Negócios da Tesla

O CEO da Tesla, Elon Musk, quer aumentar o volume de produção dos caminhões Tesla Semi, segundo email enviado ao time da companhia. A mensagem coincide, ou não, com a alta nas ações da rival Nikola Corp., que fabrica dois modelos de caminhões elétricos. Musk disse que a fabricação das baterias e do powertrain (constituído por vários componentes importantes, incluindo o motor) será feita no estado de Nevada, nos Estados Unidos. Já as demais partes do veículo devem ser produzidas em outros estados norte-americanos.

A rival Nikola abriu IPO na NASDAQ no início deste mês, depois da fusão com a VectorIQ, empresa de aquisição de capital aberto que deverá acelerar a produção de veículos comerciais, de zero emissão, da companhia. As ações da Nikola mais que dobraram de preço na última semana, após o CEO usar o Twitter e a mídia para compartilhar seus planos de lançamento de uma picape elétrica para concorrer com a Tesla Cybertruck.

E, depois de cruzar a barreira dos US$ 1 mil por ação nessa semana, bancos de investimentos de Wall Street, como Goldman Sachs e Morgan Stabley decidiram rebaixar as notas da Tesla na Bolsa de Valores. Segundo elas, o preço dos papeis da montadora está muito elevado, o que pode significar riscos aos investidores. As ações da Tesla, que saltaram 360% nos últimos doze meses, caíram quase 1% nas negociações de pré-mercado.

Segundo as corretoras, a avaliação atual das ações da Tesla subestima os riscos do setor em que ela atua, incluindo o aumento da concorrência no mercado de veículos elétricos. No entanto, o mercado reitera confiança na visão de longo prazo da montadora, o que manterá o valor das ações em patamares elevados.

As principais montadoras, incluindo a General Motors e a Ford, estão apostando em estratégias mais agressivas e dobrando seus investimentos em carros elétricos, ao oferecer mais modelos desse tipo de veículo. O objetivo, claro, é lucrar em um setor que é apontado como a alternativa mais promissora para os automóveis convencionais.

Fonte: Canaltech