As mudanças estão acontecendo. Uma pesquisa do Centro de Estudo de Mulheres na Televisão e no Cinema da Universidade de San Diego apontou que programas de streaming originais lançados entre 2019-2020 apresentam um número significativamente maior de mulheres como protagonistas do que os programas exibidos em canais pagos.
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O Boxed In, como foi nomeada, faz uma análise anual das porcentagens de representatividades femininas na TV (que agora inclui também inclui as plataformas de streaming) e no cinema. O relatório revelou que 42% da programação de streaming teve “protagonistas femininas solo claramente identificáveis”.
Esse número se aproxima muito mais dos 50% relativamente ideais e soa ainda mais proeminente se posto ao lado dos 27% encontrados em canais de TV a cabo e dos 24% relativos aos programas da TV aberta. Esses números foram o resultado de uma pesquisa envolvendo 4.100 personagens e mais de 4.200 membros de equipes técnicas.
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Além de demonstrar que, nos serviços de streaming, a probabilidade de encontrar mulheres ou homens como protagonistas se tornou mais justa, o estudo indicou ainda que os números também têm mudado nos bastidores das produções. O último Boxed In revelou que o número de diretoras trabalhando na TV subiu para 32%, enquanto a pesquisa de 2018-2019 havia apontado apenas 15%. Outro setor que chamou a atenção foi o de direção de fotografia, que contava com apenas 3% de profissionais mulheres em 2018-2019 e subiu para 17%.
A diretora-executiva do Centro de Estudo, Dr. Martha Lauzen, disse que os “ganhos demonstram que os streamers estão ultrapassando as redes de TV aberta e os canais a cabo na contratação de mulheres em funções-chave nos bastidores e em contar histórias a partir de uma perspectiva feminina.”
A representatividade feminina, no entanto, não é homogênea e o Centro atenta para as minorias sub-representadas dentro do grupo intitulado genericamente como “mulheres”. A representatividade de mulheres latinas caiu de 6% para 5% e a de mulheres negras caiu de 20% para 17%. O estudo completo pode está disponível online no site do Center for the Study of Women in Television & Film.
Como a internet e os streamings têm derrubado as barreiras que diferenciam certas produções de outras, muito provavelmente veremos mudanças ainda maiores nos próximos anos em decorrência das novas regras do Oscar. Embora a premiação não seja voltada para o cinema estadunidense, ela tem ampla influência na feitura de novos filmes, séries e, portanto, de outros programas, atingindo também a TV e não somente o cinema.
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Fonte: Canaltech