Quando o assunto é COVID-19, a maior esperança que se tem é a vacina. Vários lugares do mundo já estão apostando em alguma das candidatas. No caso de São Paulo, trata-se da CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Em novembro, o governador João Doria (PSDB) anunciou que as primeiras 120 mil doses chegariam no estado no dia 20, com direito a uma expectativa de que até dia 30 de dezembro chegue um total de 6 milhões de doses do imunizante. E, nesta quinta (3) chegaram na capital 600 litros a granel da vacina em questão, o que equivale a um material usado na produção de 1 milhão de doses.
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O acordo entre o governo do estado e a Sinovac prevê 46 milhões de doses para São Paulo, sendo 6 milhões já prontas para aplicação e 40 milhões em forma de matéria-prima para produção. São Paulo receberá os insumos, e técnicos do Instituto Butantan vão produzir a CoronaVac nos laboratórios nacionais. A aquisição das vacinas custou US$ 90 milhões (o que equivale a aproximadamente R$ 479 milhões). Já as obras da fábrica para a produção da CoronaVac começaram no dia 2 de novembro, com previsão de encerramento em setembro de 2021.
600 litros a granel da CoronaVac
A vacina a granel chegou por meio de três embalagens de 200 litros cada, colocadas em um equipamento refrigerado a temperaturas de 2 ºC a 8 ºC. A matéria-prima será envasada pelo Butantan em frascos multidoses, seguindo a configuração utilizada nas campanhas de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
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O processo de envase da primeira remessa de insumos deve levar de quatro a sete dias e envolverá cerca de 40 colaboradores do Butantan. De acordo com a Agência Brasil, a produção será ininterrupta. Com isso, a expectativa é a de que outras remessas cheguem a São Paulo nas próximas semanas, mas a vacinação deve ocorrer apenas depois da comprovação da eficácia com a conclusão da terceira fase dos estudos clínicos e aprovação e registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Vale ressaltar que o resultado de eficácia deve ser anunciado nas primeiras semanas de dezembro.
No Brasil, a CoronaVac já é testada desde julho e, atualmente, os estudos clínicos nacionais de fase 3 são acompanhados por 12 centros de pesquisa científica em cinco estados e no Distrito Federal. Em setembro, João Doria anunciou que a vacina tinha apresentado 98% de eficácia em idosos. Anteriormente, o laboratório chinês Sinovac Biotech já disse que sua vacina parece ser segura em pessoas mais velhas, mas as respostas imunológicas induzidas foram moderadamente mais fracas do que em jovens. A vacina candidata não provocou efeitos colaterais graves nos ensaios combinados de Fase 1 e Fase 2 lançados em maio.
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Fonte: Canaltech