O estresse envelhece biologicamente, mas pode ser reversível. Pelo menos, é essa a afirmação de um estudo publicado na revista científica Cell Metabolism na última sexta-feira (21). O trabalho diz que marcadores de envelhecimento biológico parecem aumentar durante eventos estressantes, como cirurgias, mas voltam aos níveis normais após um período de recuperação.
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Os cientistas mediram como a idade biológica muda em resposta ao estresse em modelos animais e conjuntos de dados humanos. “Um padrão claro que surgiu ao longo de nossos estudos é que a exposição ao estresse aumentou a idade biológica. Quando o estresse foi aliviado, a idade biológica pôde ser totalmente ou parcialmente restaurada”, afirma o estudo.
Amostras de sangue de pacientes idosos submetidos a cirurgias de emergência mostraram picos nos marcadores de idade biológica que retornaram ao nível normal uma semana após a operação. Esse padrão refletiu os resultados de camundongos.
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Os pesquisadores acreditam que suas descobertas sugerem que o corpo é capaz de reverter os processos biológicos de envelhecimento, então a expectativa é tentar aproveitar essa descoberta para desenvolver uma terapia capaz de reverter os efeitos do envelhecimento. É claro que isso ainda está longe de acontecer, e o estudo fornece apenas uma luz no fim do túnel, por enquanto.
Ciência e envelhecimento
![Estresse envelhece biologicamente, mas pode ser reversível - 2](https://www.mundopositivo.com.br/wp-content/uploads/2023/04/estresse-envelhece-biologicamente-mas-pode-ser-reversivel-2.jpeg)
Não é de hoje que a ciência se concentra em entender (e possivelmente reverter) o envelhecimento. Anteriormente, uma equipe de norte-americanos descobriu que o estresse contínuo pode acelerar o envelhecimento do sistema imunológico, o que aumenta o risco para casos de câncer e doenças cardiovasculares.
Além disso, o estresse atua diretamente no cérebro, que desencadeia a liberação de uma cascata de hormônios como cortisol, adrenalina e norepinefrina. Já destacamos seus impactos em cada sistema do corpo.
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Fonte: Canaltech