Um exemplo fora das quatro linhas. Sim, ao colocar “o dedo na ferida” e passar a realizar campanhas junto à sua torcida, relacionando o esporte mais popular do Brasil a causas humanitárias e de relevância social, o Bahia virou inspiração para rivais.
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O Internacional, por exemplo, é um clube que admite que criou sua diretoria de inclusão social após tomar conhecimento do Núcleo de Ações Afirmativas do Tricolor de Aço. No Colorado, o setor é dirigido por Najla Diniz. Segundo ela,as origens do Inter estão vinculadas a uma época em que negros e estrangeiros, por exemplo, não tinham espaço. Por isso, resolveram criar uma agremiação que agregasse essas diferenças. “Nosso principal escopo, enquanto diretoria de inclusão social, é trabalhar preconceitos. Que seja uma política permanente, não uma coisa de uma gestão só. Esse é o maior legado que podemos deixar”, disse ela, em contato com o Uol Esporte.
O setor, lançado em 28 de junho, teve a primeira ação naquele mesmo dia, data em que era celebrado o Dia do Orgulho LGBT+. Na ocasião, o Beira-Rio foi iluminado com as cores do arco-íris, e um vídeo sobre diferentes formas de amar foi publicado nas redes sociais. Depois, em uma das noites mais frias do ano, o Colorado abriu as portas do ginásio Gigantinho para abrigar moradores de rua. A causa, inclusive, recebeu o apoio do Grêmio, que doou cobertores e alimentos.
O Bahia já tem seu núcleo há dois anos. Em sua campanha mais recente, se utilizou do Dia dos Pais, a ser comemorado no próximo domingo, para falar sobre abandono paterno. Antes, já havia se posicionado na questão do machismo, homofobia, racismo e até intolerância religiosa. “Com o crescimento do núcleo, somos procurados por muitas instituições, ou a gente mesmo procura e é bem recebido porque já conhecem nossos outros trabalhos. O elemento positivo de cada campanha torna a campanha seguinte mais atraente, mas fácil de ser estruturada”, destacou o presidente do clube, Guilherme Belintani.
Fonte: 90min