Em entrevista ao jornal alemão Welt am Sonntag, o Comissário de Justiça da União Europeia, Didier Reynders, admitiu que os banners de consentimento sobre os cookies de navegação na web são muito intrusivos e perderam o seu propósito inicial. O comentário chega enquanto o Google começa a testar o bloqueio dos cookies de rastreamento no Chrome e implementa o modelo Privacy Sandbox para geração de receita por publicidade.
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Os sites na União Europeia são obrigados a exibir um banner aos usuários com informações claras sobre a presença e para que os cookies serão utilizados — da mesma forma como ocorre na navegação web aqui pelo Brasil.
A UE apresentar esses banners desde que o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados entrou em vigor na região, em 2018.
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Pessoas clicam sem ler
O Comissário Didier Reynders aponta que, em certo ponto, as pessoas deixam de se preocupar com o aviso de consentimento e simplesmente concordam para continuar a navegação nos sites — o que não era a intenção da UE ao aprovar essa resolução.
Para Reynders, os sites não podem utilizar cookies sem informar o público, mas, ao mesmo tempo, essa exigência não deveria prejudicar a experiência de acessar as páginas na web.
Uma das soluções propostas em consideração para modificar essa prática seria fazer os sites lembrarem das preferências dos usuários e exibir o banner de consentimento de cookies apenas uma vez ao ano.
Outra proposta da Comissão Europeia seria obrigar uma maior transparência em relação à utilização de cookies pelas grandes plataformas sociais, como o Facebook, Instagram e Twitter (X), com o objetivo de dar o exemplo para sites menores.
Privacy Sandbox
Enquanto isso, o Google deu início na sua proposta de acabar com os cookies de terceiros. O desligamento faz parte da iniciativa Privacy Sandbox, que visa diminuir a coleta de dados pessoais durante a navegação e ao mesmo tempo preservar os modelos de negócios que têm os anúncios personalizados como fonte de receita.
No modelo vigente, os sites usam os cookies de terceiros para rastrear a atividade online das pessoas e construir perfis com base em seus interesses e preferências. Esses dados são utilizados pelas companhias para veicular anúncios e apresentar conteúdos relevantes durante a navegação.
A proposta do Privacy Sandbox do Google é criar um conjunto de perfis com interesses semelhantes e ocultar os dados individuais desses grupos. Dessa forma, os sites não vão mais poder rastrear as atividades de cada pessoa individualmente, mas ainda vão conseguir veicular anúncios personalizados e conteúdos relevantes.
A Big Tech começou o teste da “Proteção antirrastreamento” com 1% da população nessa última quinta-feira (4).
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Fonte: Canaltech