Já não é segredo para a comunidade científica o perigo da solidão. Também não é segredo que os robôs com inteligência artificial têm sido a grande aposta da tecnologia, para inúmeras demandas. Mas combater o isolamento humano poderia ser uma delas? Essa questão foi trazida em um artigo publicado nesta quarta-feira (12) na revista Science Robotics.
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“No momento, todas as evidências apontam para ter um amigo de verdade como a melhor solução [para a solidão], mas até que a sociedade priorize a conectividade social e o cuidado dos idosos, os robôs podem ajudar milhões de pessoas isoladas que não têm outra solução”, afirmam os pesquisadores da Duke University (EUA).
Conforme dizem os cientistas, a inteligência artificial tem potencial para dar aos robôs companheiros mais habilidades para construir conexões sociais. No entanto, é necessário ter o cuidado de criar regras para garantir que sejam morais e confiáveis.
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O estudo menciona que os robôs mais novos incorporados com programas avançados de IA podem promover conexões sociais mais fortes com humanos do que as gerações anteriores de robôs. A IA generativa como o ChatGPT, que é baseado em grandes modelos de linguagem, permite que os robôs se envolvam em conversas mais espontâneas.

“Com as diretrizes éticas corretas, podemos ser capazes de desenvolver o trabalho atual para usar robôs para criar uma sociedade mais saudável”, concluem os autores em seu relatório.
Robôs ajudam a preservar a saúde mental?
Recentemente, startups têm buscado uma nova missão para os recursos que conquistam mais espaço a cada dia: ajudar um usuário a preservar a saúde mental. A ideia não é substituir um psicólogo, mas sim oferecer suporte emocional.
É o caso da Inflection AI, que lançou o chatbot Pi (abreviação de personal intelligence, ou “inteligência pessoal”), projetado para dar conselhos e incentivar a pessoa a falar sobre seus problemas. O algoritmo foi treinado por pesquisadores e profissionais de saúde mental para ser “sensível e comunicativo”.
O chatbot faz perguntas de acompanhamento, oferece conselhos sobre as pessoas a serem contatadas, além de fornecer sugestões sobre exercícios respiratórios e técnicas de atenção plena para ajudar a controlar o estresse.
Impactos negativos da solidão
Diversos estudos se concentram em trazer à tona os verdadeiros impactos dessa sensação angustiante de estar absolutamente sozinho. Desde 2020, em meio à pandemia de covid-19, a comunidade científica já se deparava com as consequências do isolamento para a saúde mental. Em uma dessas, pesquisadores conseguiram descobrir até mesmo os efeitos da solidão no corpo e cérebro.
Em abril, m estudo publicado na revista Psychological Science no último dia 28 levantou um alerta: oito horas de solidão podem ser tão prejudiciais quanto oito horas sem comer, esgotando a energia e aumentando a fadiga com a mesma intensidade.
Já em 2022, um estudo publicado na revista científica Aging apontou que a solidão pode acelerar o envelhecimento de maneira ainda mais alarmante que o cigarro. Para chegar a essa informação, os pesquisadores analisaram dados coletados de 4.846 adultos. A pesquisa incluiu 16 biomarcadores sanguíneos, incluindo níveis de colesterol e glicose, além de informações como pressão arterial e Índice de massa corporal (IMC).
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Fonte: Canaltech