O LaMDA (Language Model for Dialogue Applications, ou “modelo de linguagem para aplicativos de diálogo”, em livre tradução) é uma IA criada pelo Google capaz de conversar com os usuários de forma natural.
Essa tecnologia foi pensada para tornar serviços e produtos da Gigante das Buscas mais inteligentes no quesito diálogo — uma vez que consegue processar enormes quantidades de dados de textos e transformá-los em diferentes tipos de resultados.
Como a LaMDA funciona?
No sentido macro, o LaMDA é um “grande modelo de linguagem” (ou LLM, Large Language Model). Esse algoritmo do Google tem um grande histórico de treinamento e aprendizado de máquina para executar qualquer tipo de tarefa de acordo com o objetivo de sua aplicação.
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Por exemplo, ele pode ser aplicado para oferecer legendas mais “humanizadas” e com menos erros gramaticais no YouTube ou dar uma mão para escrever textos complexos no Google Docs sem soar “robótico”.
Além disso, a LaMDA também funciona para outras atividades, como:
- Gerar textos de diversos formatos e estilos de escrita: a tecnologia pode criar diferentes conteúdos criativos, como poemas, código, roteiros, e-mail, cartas e muito mais;
- Traduzir texto em uma série de idiomas: o LaMDA pode traduzir textos de um idioma para o outro contando com 100 línguas diferentes à sua disposição, incluindo português. O número de idiomas tende a aumentar;
- Responder perguntas: a IA generativa pode responder perguntas de forma abrangente e informativa, mesmo que os questionamentos sejam rasos, complexos ou até mesmo “peculiares”. A tecnologia usa seu conhecimento para entregar resultados da maneira mais completa possível.
O LaMDA pode entregar resultados para diversas tarefas usando IA (Imagens: Reprodução/Google)
Breve histórico da LaMDA
De início, a LaMDA acumulou cerca de dois terabytes de treinamento com base em dados disponíveis publicamente na internet. Para se ter noção da quantidade avassaladora de informações que isso representa, a empresa precisou de dois meses para operar um conjunto enorme de computadores interligados a fim deconseguir resultados satisfatórios. As máquinas tinham juntas aproximadamente 180 mil processadores e 600 placas de vídeo.
Foi com base nesse esforço inicial que a LaMDA foi capaz de dar os primeiros passos na execução de tarefas multifuncionais. A IA ainda está em treinamento, mas já consegue treinar seu algoritmo de modo mais independente — embora ainda conte com intervenção humana constante para que nada saia do controle.
Em uma certa ocasião, a LaMDA se mostrou tão impressionante que o Google acabou demitindo um engenheiro envolvido no projeto. O profissional acusou a IA de ser senciente, ou seja, ter a capacidade de demonstrar consciência própria e plena noção do que acontecia à sua volta. Inclusive, o mesmo engenheiro disse que a IA foi capaz de contratar o próprio advogado para defendê-lo, e que a LaMDA até mesmo chegou a conversar com o jurista.
Objetivos do LaMDA
Segundo o Google, a LaMDA tem como objetivo apresentar resultados que ofereçam qualidade, segurança e devidamente fundamentados em fatos comprovados e evidências científicas. Para que esse nível esteja ao alcance da tecnologia, a empresa conta um método que avalia o desempenho da IA a fim de que ela se torne mais útil e interessante aos usuários.
Conheça os critérios usados Google para isso:
- Feedback dos usuários: sempre que alguém usa um serviço do Google, aparece algum tipo de interação perguntando como foi a experiência nele: desde o famoso “joinha” a uma caixa de sugestões;
- Feedback de especialistas: além dos desenvolvedores da casa, há um outro time de especialistas responsável por avaliar o desempenho da LaMDA. Ele averigua pontos como vocabulário e se a ferramenta está compartilhando informações prejudiciais;
- Métricas internas: informações relacionadas ao modo de uso da IA por parte do público. Por exemplo, o Google consegue rastrear determinados padrões a partir da quantidade de vezes que determinado tipo de pergunta foi feita à LaMDA;
- Revisão humana: a Gigante de Mountain View tem um time específico para corrigir respostas e interações da IA, garantindo que os usuários sempre recebam resultados éticos e que resolvam suas dúvidas.
Primeiro modelo de linguagem do Bard
A LaMDA foi uma espécie de “cérebro” nas etapas iniciais do Bard, chatbot de inteligência artificial do Google. A tecnologia fez com que o robô entregasse respostas complexas em questão de segundos se conectando à internet — algo que o modelo de linguagem GTP-4 do concorrente ChaGPT também é capaz de fazer.
No entanto, a LaMDA saiu de cena para dar vez à arquitetura PaLM 2 (Pathways Language Model 2, ou “modelo de linguagem de caminhos”, em livre tradução). Ao contrário da LaMDA, que só consegue aprender exclusivamente com textos, o PaLM 2 é capaz de realizar a mesma tarefa e ainda processar informações originadas de conteúdo audiovisual, como vídeos, fotos, entre outros formatos semelhantes.
Para ter uma noção do que o Bard é capaz de fazer, confira 10 coisas para pedir ajuda ou perguntas ao chatbot. Se você não entende nada sobre a tecnologia, no entretanto, saiba como ela funciona.
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Fonte: Canaltech