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Manifestantes em São Paulo Clamam por Paz em Gaza e Condenam o Terrorismo

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Imagem de hosny salah por Pixabay

 

Palestinos e brasileiros se uniram em um ato de solidariedade no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, em São Paulo, para demonstrar apoio aos residentes da Faixa de Gaza. O protesto ocorreu em resposta aos recentes ataques militares intensificados por Israel após os atentados do grupo Hamas, ocorridos em 7 de outubro.

Os manifestantes também expressaram indignação com o bombardeio ao Hospital Ahli-Arab, na Faixa de Gaza, que resultou em centenas de mortes. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, o ataque deixou 500 pessoas mortas ou feridas. Israel nega ter realizado o bombardeio e atribui a responsabilidade à Jihad Islâmica, que também nega envolvimento.

O palestino Omar Naji, que vive no Brasil há oito anos, ressaltou que o conflito entre israelenses e palestinos dura mais de 75 anos e que a paz só será alcançada quando as ações israelenses na região chegarem ao fim.

“Nós estamos aqui, como sempre estivemos, lutando pela paz. No entanto, a paz nunca será alcançada sem garantia de direitos, sem o fim da ocupação e do regime de apartheid imposto por Israel sobre o meu povo”, disse Naji.

A comunidade judaica brasileira também se manifestou através de um manifesto contra o terrorismo e a favor da paz. O documento já conta com mais de 200 assinaturas de líderes, empresários e personalidades. O manifesto condena veementemente o terrorismo e afirma que não há justificativa para sequestros, violações, torturas e mortes indiscriminadas de inocentes.

O texto lamenta a morte de israelenses e palestinos, pede a libertação de reféns em poder do Hamas e defende a chegada de ajuda humanitária às áreas afetadas pelo conflito.

Dentre os signatários do manifesto estão o empresário Abílio Diniz, o apresentador Luciano Huck e o jornalista Pedro Bial. Para participar e ler o manifesto na íntegra, acesse o site www.contraoterrorismoepelapaz.com.br.

No entanto, apesar dos esforços de diversos países e organizações internacionais, a paz na região parece distante. A proposta brasileira de cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi vetada pelo Conselho de Segurança da ONU. O resultado da votação foi de 12 votos a favor, duas abstenções (incluindo a Rússia) e um voto contrário dos Estados Unidos. Como membro permanente, o voto dos EUA resultou na rejeição da proposta brasileira.

Amas Obid, um sírio que vive no Brasil há sete anos, expressou sua desesperança em relação à capacidade da ONU de estabelecer a paz na região. Ele ressaltou que, mesmo diante de massacres como o ocorrido no Hospital Ahli-Arab, as propostas de cessar-fogo são vetadas no Conselho de Segurança.

“Eu sou da Síria. Para mim, essa cena se repetiu milhares de vezes no Conselho de Segurança da ONU. Nós vimos povos sendo assassinados na Síria, na Jordânia. Não acreditamos nessas peças teatrais da ONU. O que aconteceu ontem foi um massacre contra seres humanos. Qual conselho de segurança no mundo não aprovaria uma solução para isso?”, questionou Obid.

Enquanto o conflito persiste, é importante destacar que Israel permitiu a entrada de ajuda humanitária em Gaza através do Egito. O governo brasileiro também condenou veementemente o ataque ao hospital em Gaza, reforçando seu compromisso com a paz e a busca de soluções para o conflito no Oriente Médio.