Nesta terça-feira (15), a Procuradoria de Milão encaminhou ao Ministério da Justiça da Itália um pedido de extradição e prisão internacional de Robinho e Ricardo Falco, amigo do ex-jogador. No último dia 19 de janeiro, ambos foram condenados em última instância a nove anos de prisão por violência sexual em grupo.
Os atos contra os envolvidos foram solicitados pela procuradora Adriana Blasco. Há, no entanto, praticamente certeza entre o judiciário local que Robinho e Falco não irão cumprir a sentença na Itália em razão na Constituição brasileira, que não permite a extradição de seus cidadãos.
Seguindo a burocracia padrão, o ministério italiano ainda deve enviar o pedido formal de prisão e extradição para a pasta brasileira nos próximos dias. A medida enviada pode permitir que os acusados sejam presos caso decidam deixar o país rumo a outros destinos.
Do caso e seus rumos
Robinho e Falco foram os únicos condenados por abuso sexual de uma jovem albanesa que tinha 22 anos na época do crime, em 2013. Outros quatro brasileiros também foram denunciados pela participação no ato mas, como eles já haviam deixado a Itália no decorrer das investigações, não houve processo.
De acordo com detalhes da investigação, Robinho, à época no Milan, e o restante dos seus amigos envolvidos ofereceram bebida à vítima até “deixá-la inconsciente e incapaz de se opor“. Em seguida, eles a levaram para um camarim da boate onde o crime aconteceu e, se aproveitando do estado da mulher, mantiveram “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela“.
Fonte: 90min