As autoridades dos Estados Unidos prenderam um ex-funcionário do Google após ele ser acusado de roubar informações sigilosas sobre inteligência artificial (IA) da empresa. A prisão aconteceu na última quarta-feira (6), na Califórnia, após a conclusão de uma investigação realizada pelo FBI, a polícia federal do país norte-americano.
O caso envolve Linwei Ding, também conhecido como Leon Ding, que ingressou no quadro de funcionários da gigante das buscas em 2019 para trabalhar com aprendizado de máquina e inteligência artificial. Segundo a promotoria, entre 2022 e 2023, Ding fez upload de arquivos confidenciais às suas contas pessoais do Google Cloud, Google Drive e do iCloud pelo notebook da empresa.
Mais de 500 arquivos foram baixados, diz promotoria
De lá para cá, o processo aponta que o então colaborador recebeu uma proposta e chegou a ser apresentado como chefe de tecnologia (CTO) da empresa chinesa Rongshu em reuniões para levantar capital. Depois, Ding fundou a sua própria companhia, conhecida como Zhisuan, sem revelar nada aos seus superiores no Google.
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A descoberta dos downloads só aconteceu em 2023, quando o ex-funcionário tentou copiar mais informações do Google enquanto estava na China e foi interpelado pelo seu empregador. Ele explicou que se tratavam de arquivos para demonstrar o seu trabalho, mas comprou uma passagem para Pequim e se demitiu na sequência.
As investigações começaram logo na sequência. Ao todo, os procuradores estimam que mais de 500 arquivos foram baixados por Ding, sendo a maioria relacionada ao hardware e ao software da infraestrutura de servidores da empresa.
O Google também observou, em suas análises com filmagens internas, que outro colaborador usou o crachá de Ding para fazer de conta que ele estava no escritório. Contudo, o ex-funcionário estava na China naquele momento.
Em janeiro de 2024, o FBI entrou em cena e iniciou a sua própria apuração sobre o ex-funcionário, até que o procurador-geral Ismail Ramsey emitiu a acusação na última terça-feira (5). A prisão do ex-funcionário do Google aconteceu na manhã do dia seguinte em Newark, no estado da Califórnia.
Google agradece ao FBI
Em nota à emissora americana NPR, o porta-voz do Google, José Castañeda, confirmou o caso e agradeceu a colaboração das autoridades pela investigação.
“Após uma investigação, descobrimos que este funcionário roubou vários documentos e rapidamente encaminhamos o caso para as autoridades”, comenta em um pronunciamento à imprensa. “Somos gratos ao FBI por ajudar a proteger nossas informações e continuaremos cooperando estreitamente com eles”.
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Fonte: Canaltech