O Elon Musk é conhecido por suas provocações, ao estilo “doa a quem doer”, no X (antigo Twitter). Desta vez, o alvo dos comentários do empresário bilionário é o CEO da Boeing, David Calhoun, que enfrenta um problema vindo diretamente do espaço. Uma dupla de astronautas da NASA está “presa” na Estação Espacial Internacional (ISS), há alguns dias, porque a nave espacial da Boeing, a Starliner, apresentou problemas técnicos.
- Astronautas da Starliner estão “presos” na ISS; e agora?
- Os problemas da Starliner devem atrasar as próximas missões?
Para quem não sabe, a Boeing é uma das maiores fabricantes mundiais de aeronaves comerciais e a entrada da companhia na exploração espacial foi bastante celebrada. Já imaginou no que essa expertise poderia contribuir no desenvolvimento espacial? Para os críticos, o desenrolar do episódio com a nave Starliner indica que toda essa bagagem não foi tão bem aplicada como deveria.
Por outro lado, Musk é fundador da SpaceX e é um concorrente direto da Boeing na corrida espacial. Tanto a SpaceX quanto a Boeing integram o programa Commercial Crew Development (CCDev), financiado pelos EUA e administrado pela NASA. A proposta é desenvolver veículos seguros para transportar astronautas até a ISS.
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Elon Musk e o CEO da Boeing
Diante de todos esse plano de fundo, Musk provocou David Calhoun e escreveu que “o CEO de uma empresa aeronáutica deveria saber projetar aeronaves, não planilhas”.
The CEO of an aircraft company should know how to design aircraft, not spreadsheets https://t.co/q5lZejPxWb
— Elon Musk (@elonmusk) June 25, 2024
Segundo o site Business Insider, a crítica tem algum fundamento, já que Calhoun é bacharel em contabilidade pela Virginia Tech University. Em outras palavras, não têm formação na área de engenharia, algo bastante valioso.
Enquanto a Boeing trabalha para trazer de volta os dois astronautas, Barry Wilmore e Sunita Williams, a SpaceX já lançou missões tripuladas bem-sucedidas para a ISS.
Crítica mais profunda
A crítica de Elon Musk poderia ter se limitado à disputa espacial entre as naves da SpaceK e da Boeing, mas foi além. O comentário foi feito sob uma outra postagem no X em que se discute o risco da Boeing ser acusada criminalmente.
Nesse caso, a empresa fabricante de aviões teria supostamente violado o acordo fechado após dois acidentes fatais em 2018 e 2019, envolvendo o jato 737 Max. Apesar do debate, o Departamento de Justiça dos EUA não acusou, até o momento, a Boeing criminalmente de nada. Inclusive, o CEO deve renunciar até o final deste ano.
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Fonte: Canaltech