O PicPay, uma das maiores fintechs do Brasil, vai criar uma corretora de moedas digitais que deverá ser lançada até agosto, segundo anúncio exclusivo feito ao site Neofeed. A novidade permitirá aos seus mais de 30 milhões de usuários ativos comprarem criptomoedas. Inicialmente a empresa revelou que irá disponibilizar a negociação de Bitcoin, Ethereum e da “stablecoin” USDP (moeda cujo preço é igual ao do dólar).
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A empresa revelou que a corretora até o fim do ano terá cerca de 100 moedas disponíveis para negociações. A organização também desenvolverá sua própria stablecoin e deve entrar no universo dos NFTs, com o lançamento de um marketplace até dezembro.
O marketplace, é uma plataforma que reúne vários vendedores de tokens. A fintech também comentou a intenção de se tornar um tokenizador, isto é transformar ativos reais em ativos digitais na forma de tokens.
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Anderson Chamon, cofundador e vice-presidente de produtos e tecnologia do PicPay, explicou que a empresa entrará muito forte nesse “mundo”. Segundo ele, não se trata de atividades secundárias da empresa e sim uma linha de negócios muito importante.
Até o fim do ano, os criptoativos farão parte de todos os processos de pagamento dentro do PicPay. Ele destaca que a visão da empresa é de longo prazo, com foco nos fundamentos da tecnologia. O cofundador do PicPay explica que a intenção da plataforma é permitir que os usuários usem criptomoedas para pagar desde um café na padaria até contratar um seguro no aplicativo. “Vai poder pagar boleto, contas, PIX usando cripto.”
A empresa percebeu o potencial do segmento porque os próximos dez anos serão decisivos para a tecnologia. Chamon explica que o papel do PicPay será facilitar a usabilidade dos criptoativos, dos NFTs, e inseri-los no mundos dos pagamentos, a fim de popularizar o mercado cripto. “Seremos um agente propulsor disso”, diz Chamon.
Segundo revelou a empresa, a organização tem trabalhado na unidade de negócios de Cripto e Web3 a cerca de cinco meses. Nesse sentido, contratou o executivo Bruno Gregory, baseado no Vale do Silício, para coordenar a entrada do PicPay nesse universo. Além disso, contratou outros 20 profissionais para a área e outros estão sendo contratados.
O cofundador do PicPay revelou que a empresa acompanha a evolução do mercado de criptomoedas desde 2017. Segundo ele, naquele ano as moedas digitais era um tema mais ligado a especulação, a ganhar dinheiro fácil, enriquecer, no entanto, o mercado começou a mudar e sair da fase de especulação para a fase de uso real. “Foi aí que decidimos dar um passo para entrar nisso. Enxergamos muito valor na tecnologia.”
Segundo revelou o site Neofeed, o PicPay está formando uma parceria com a Paxos, uma instituição financeira e empresa de tecnologia com sede em Nova York, especializada em blockchain. A Paxos atualmente disponibiliza soluções para o Mercado Livre e o Nubank que também oferecem negociação de criptomoedas para seus clientes.
PicPay deve lançar criptomoeda lastreada no Real
Após o lançamento da corretora de criptomoedas que deve estar disponível para os clientes em agosto, a empresa direcionará o foco para a stablecoin lastreada no real, que até já recebeu o nome de Brazilian Real Coin (BRC).
A stablecoin, segundo revelou a fintech, será a principal e mais forte moeda digital existente no mercado lastreada na moeda brasileira. A empresa também comentou que pretende listá-la nas maiores plataformas de negociação de criptomoedas do mundo.
O cofundador da empresa, explicou que qualquer pessoa poderá utilizar a stablecoin, que não será preciso ser usuário PicPay. “Você pode ser um turista vindo para o Brasil, pegar o Paypal ou outra carteira digital, comprar a BRC em uma exchange e usar no mercado brasileiro”, explicou Anderson Chamon.
Uma vantagem da establecoin, segundo Chamon, é que os usuários estarão utilizando uma moeda brasileira descentralizada, transacionada sem a intermediação de um banco.
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Fonte: Canaltech