Com o aumento das temperaturas médias globais e a intensificação da crise climática, cientistas alertam, há anos, sobre a importância de reduzir a liberação de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono. Para unir forças em prol deste objetivo comum, 195 países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniram e assinaram, em 2015, o Acordo de Paris sobre o Clima. A meta é impedir que os termômetros fiquem muito mais que 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.
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Basicamente, o documento, em vigor desde 2016, traz diretrizes e metas para impedir que as temperaturas fiquem altas demais, quando comparadas aos níveis pré-industriais. Afinal, se este pior cenário se concretizar, a humanidade precisará encarar diferentes problemas em série, como degelo dos polos, aumento do nível do mar, intensificação dos desastres naturais, extinções, refugiados do clima, aumento de doenças infecciosas e crises na produção de alimentos e, consequentemente, na economia global.
O consenso sobre a necessidade do Acordo de Paris ocorreu durante a 21ª sessão da Conferência das Partes (COP28) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (Unfccc), na capital da França. Desde então, medidas são tomadas para impedir o aumento das temperaturas em meio à crise climática.
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Entenda o Acordo de Paris
No contexto da crise climática e do desenvolvimento sustentável, a principal meta do acordo de Paris é:
“Manter o aumento da temperatura média global bem abaixo dos 2 °C acima dos níveis pré-industriais e buscar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, reconhecendo que isso reduziria significativamente os riscos e impactos das mudanças climáticas”.
Em paralelo, a este objetivo comum está a ideia de desenvolver novas formas para reduzir o impacto das mudanças climáticas, através de ações que incentivem a resiliência ao clima. Também é necessário fomentar novas tecnologias e formas de desenvolvimento com baixa emissão de gases do efeito estufa.
O que são níveis pré-industriais?
Todo o progresso ou retrocesso em relação ao clima é estimado com bases nos níveis pré-industriais. Na definição do Acordo de Paris, elaborada em consenso com os cientistas da ONU, estes níveis são definidos com base nas temperaturas médias do planeta observadas entre os anos 1850 e 1900.
Estes são os anos posteriores ao período conhecido como Revolução Industrial, que começou por volta de 1760 e foi até 1850, tendo como epicentro o Reino Unido e a transição do fazer manual para as fábricas, além do uso em massa do carvão mineral. A partir deste momento, a ação humana começou a impactar o clima, mas em um nível bem menor que o atual.
Brasil está no Acordo de Paris?
Entre os países que assinaram o Acordo de Paris, está o Brasil. A participação brasileira foi ratificada em 2016, após aprovação do Congresso Nacional e a definição das metas — cada país tem autonomia para estipular suas contribuições, descritas no documento conhecido como Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC).
“A NDC do Brasil comprometeu-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030”, afirma o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, em nota.
Impacto da COP 28
Cabe destacar que, neste ano, ocorreu a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes. Desta vez, o encontro também foi histórico, já que, pela primeira vez, os países membros concordaram em adotar medidas para reduzir o uso de combustíveis fósseis, como carvão mineral e petróleo, iniciando uma fase de transição energética. Se as medidas forem implementadas, elas podem tornar viável o controle das temperaturas globais proposto pelo Acordo de Paris.
Em 2025, o Brasil sediará a COP 30. O encontro que busca impedir o agravamento da crise climática deve ocorrer em Belém, no Pará. A expectativa é que diferentes ações para desacelerar o aquecimento do planeta já tenham sido adotadas em prol da transição energética para o uso, em massa, das fontes renováveis de energia.
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Fonte: Canaltech