A instabilidade do mercado de criptomoedas e a alta incidência de golpes estaria levando a uma baixa no interesse e coragem dos investidores e entusiastas desse setor. É o que mostra uma pesquisa da Kaspersky, que revelou que 48% dos usuários de ativos financeiros desse tipo abandonaram o mercado por medo de perder dinheiro — destes, 10% efetivamente acumularam prejuízos e, por isso, deixaram de trabalhar com a modalidade.
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Os números da empresa de segurança digital mostram também uma alta barreira de entrada, causada pelo mesmo motivo. De acordo com o levantamento, 61% dos entrevistados que não são parte desse mercado não desejam entrar, justamente, por conta do risco. A instabilidade, novamente, é citada como o principal fator que afasta investidores que podem até estarem interessados nas criptomoedas, mas acabam optando por outros caminhos mais seguros.
Ao contrário do que se poderia imaginar, entre as barreiras à adoção das criptomoedas como investimento, o medo de ciberataque é citado por apenas 6% dos entrevistados, enquanto uma parcela maior, 14%, critica a falta de lastro financeiro. Estabilidade e segurança, não apenas cibernética mas também de retorno, surgem como questões-chaves para o segmento.
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Os resultados, entretanto, variam de acordo com a região do mundo. Na Ásia, por exemplo, 41% dos entrevistados afirmam que suas expectativas ao entrarem no mercado de criptomoedas foram atendidas, enquanto na Europa, esse total é de 26% das pessoas. Ainda assim, a visão geral parece ser negativa, com um em cada oito consultados, sejam usuários ou não, afirmando que não confiam nos ativos digitais.
“Ao priorizar a segurança, os entusiastas das criptomoedas podem minimizar o risco de perder dinheiro ou dados pessoais, se protegendo de ameaças”, aponta Marc Rivero, pesquisador sênior de segurança da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky. Na visão dele, apesar dos desafios, ainda há potencial para o segmento, já que as perspectivas a longo prazo são animadoras.
Mesmo em um cenário citado como “relativamente novo e inovador”, a Kaspersky já aponta algumas medidas de proteção, pelo menos no que toca a cibersegurança. Usar senhas complexas e ficar atento a ataques que envolvam phishing e engenharia social é fundamental para manter a proteção de carteiras, ativos e dados; chaves privadas jamais devem ser compartilhadas, assim como credenciais de acesso, sempre prestando atenção no caráter do site em que tais informações estão sendo inseridas.
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Fonte: Canaltech