Uma ótima notícia para todos aqueles que estão acompanhando conosco todo o escândalo envolvendo uma das maiores empresas de entretenimento do mundo. Nos últimos meses ficamos sabendo de vários problemas que a Activision Blizzard está envolvida a respeito de abuso verbal, assédio, diferenças salariais, desigualdade no local de trabalho, além de tantas outras.
A empresa está sendo processada pelo Estado da Califórnia através do Departamento de Fair Employment and Housing, além do Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, que ajuda a proteger os investidores e a integridade do mercado. E depois de passar um bom tempo negando todas as acusações, que acabou gerando uma greve de funcionários, a Blizzard finalmente veio a público da maneira que é esperado de uma empresa como ela, que trabalha com jogos voltados para todo tipo de público!
A Equal Employment Opportunity Commission que estava investigando a Blizzard deu seu veredito ontem e encerrou uma investigação de três anos acusando a empresa de de desigualdade no local de trabalho, incluindo abuso verbal, assédio e diferenças salariais. A ação da EEOC exigia que a Activision Blizzard indenizasse os funcionários afetados pela desigualdade com salários atrasados e danos, bem como seguro que a empresa “instituiria e executaria políticas, práticas e programas para garantir oportunidades iguais de emprego, e que erradicar os efeitos de suas práticas de emprego ilegais passadas e presentes.”
E diferente do que aconteceu nas outras vezes, a Blizzard respondeu rapidamente através do CEO da empresa Bobby Kotick através de um comunicado à imprensa onde descreveu as promessas e condições do acordo. De acordo com o comunicado a Activision Blizzard promete “atualizar suas políticas e programas de treinamento para combater a discriminação sexual e agora deve contratar um especialista interno em oportunidades iguais, que trabalhará com consultores terceirizados para garantir que atenda aos padrões estabelecidos pela EEOC.”
Ainda de acordo com o comunicado, a Blizzard promete criar “um fundo de US $ 18 milhões para compensar os funcionários prejudicados pela má conduta e para contribuir com organizações sem fins lucrativos que defendem as mulheres nos setores de jogos e tecnologia.”
Esta foi a primeira vitória dos funcionários e envolvidos nesse processo. A Blizzard já havia retirado o nome dos envolvidos nos casos de assédio e do chamado “rapazes de fraternidade” dos títulos de seus jogos, mas também se envolveu em atividades de coerção e combate ao sindicato para evitar que seus funcionários se organizassem para trazer mais problemas a público.
Mesmo assim, com a Blizzard finalmente – parece -, resolver fazer mudanças, sua imagem está danificada e até ela conseguir conquistar a confiança do público e funcionários, irá demorar.
Fonte: Observatório de Games